31/Jan/2025
Os preços do boi gordo permanecem firmes no mercado físico, sustentados pela exportação de carne bovina. O preço médio subiu mais de US$ 500,00 por tonelada em janeiro na comparação com o primeiro mês do ano passado. Isso continua mostrando o bom momento do mercado externo, uma vez que os principais compradores do Brasil (China e Estados Unidos) se encontram com déficits de produção para suprir a demanda interna, precisando importar. Mas, a oferta de fêmeas tem pressionado as cotações. Pecuaristas detentores de fêmeas prontas para abate, satisfeitos com os atuais patamares de preços, estão motivados para venda, em algumas situações até mesmo antecipando a entrega de lotes que poderiam ser negociados mais adiante.
Esse maior interesse de venda começa a gerar alguma concentração de oferta que já pode ser percebida nas cotações das fêmeas, que estão um pouco menores nos últimos dias. Em São Paulo, o boi gordo se mantém estável a R$ 327,00 por arroba a prazo, assim como o "boi China", cotado a R$ 335,00 por arroba a prazo. Porém, os preços da vaca gorda e da novilha gorda registram recuo de R$ 2,00 por arroba, para R$ 303,00 por arroba a prazo e R$ 315,00 por arroba a prazo, respectivamente. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 308,00 e R$ 318,00 por arroba, em Tocantins, a R$ 296,00 por arroba; no Pará, a R$ 290,00 por arroba; e no Rio Grande do Sul, a R$ 11,15 por Kg. Em São Paulo, no atacado, a diferença entre os preços da carcaça casada de machos e da carcaça casada de fêmeas está menor em janeiro, tendo caído de R$ 26,00 por Kg em dezembro para R$ 24,00 por Kg em janeiro. Tais preços reforçam a vantagem para a compra de fêmeas pelos frigoríficos.