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31/Jan/2025

Frango: impactos de casos de gripe aviária nos EUA

Segundo relatório do Santander, o surto de gripe aviária nos Estados Unidos deve ter impacto limitado sobre a oferta de frango no país, mas ainda há riscos no horizonte. Desde 17 de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou dois surtos em criações comerciais na Geórgia, maior Estado produtor de frango do país, responsável por cerca de 14% do abate nacional. Apesar da relevância da região e da proximidade com outros polos produtivos, as aves afetadas representam menos de 1% do plantel nacional de poedeiras.

O impacto sobre a produção total de frango nos Estados Unidos tem sido pequeno até o momento. Os casos em plantéis comerciais resultam em restrições às exportações para parceiros-chave, como México, Taiwan e Canadá, mas os protocolos comerciais foram flexibilizados desde 2015, permitindo restrições regionais em nível de condado ou Estado. Atualmente, cerca de 12% da produção total de frango dos Estados Unidos é exportada. No entanto, o avanço da doença em estágios mais iniciais da cadeia produtiva, como em plantéis de matrizes de frango de corte, pode ter efeitos mais severos e duradouros.

Um cenário semelhante ocorreu em 2015, quando um surto de gripe aviária resultou na perda de cerca de 10% do plantel nacional de poedeiras, derrubando os preços do frango e reduzindo as exportações em 13% na comparação anual. Além disso, a rota migratória das aves selvagens representa um risco adicional para a disseminação do vírus nos próximos meses. Durante o inverno no Hemisfério Norte, as aves migram para o sul em busca de temperaturas mais quentes, aumentando a possibilidade de novos surtos até maio. Embora a Geórgia seja o principal polo produtor dos Estados Unidos, estados como Alabama (13,5% da produção nacional), Arkansas e Carolina do Norte (ambos com cerca de 11%) também podem ser afetados.

Os quatro maiores produtores de carne de frango nos Estados Unidos (Pilgrim's Pride, Tyson Foods, Wayne-Sanderson Farms e Perdue Farms) possuem operações nessas regiões. Desde 2015, o setor tem buscado aprimorar medidas de controle sanitário e renegociar acordos comerciais para mitigar os impactos da gripe aviária. As restrições à exportação têm sido menos severas nos surtos mais recentes em comparação com 2015, quando as vendas externas caíram 13% no ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.