30/Jan/2025

A Smithfield Foods, maior processadora de carne suína dos Estados Unidos, não tem planos de fechar mais unidades de processamento no país. A empresa está atenta às mudanças nas políticas comerciais e de imigração do governo do presidente Donald Trump. A Smithfield depende fortemente das exportações de carne suína e de uma força de trabalho diversificada em seus frigoríficos. O WH Group desmembrou a Smithfield após a ameaça de Donald Trump de impor tarifas sobre importações de grandes consumidores de carne suína, como China e México, o que poderia resultar em retaliações prejudiciais às exportações agrícolas dos Estados Unidos. Após a estreia discreta na bolsa, a avaliação da Smithfield foi estabelecida em US$ 8,1 bilhões.

Nos últimos anos, a empresa já havia encerrado suas operações na Europa, rompido contratos com algumas fazendas nos Estados Unidos e fechado uma fábrica na Califórnia. A próxima fase será focada no crescimento. Entretanto, fazendeiros e trabalhadores dos frigoríficos expressam preocupações quanto ao risco de novos fechamentos. Em 2023, a Smithfield fechou fábricas em Vernon, Califórnia, e Charlotte, Carolina do Norte, além de interromper o abate de suínos em sua unidade na Virgínia em 2021. Não é apenas a Smithfield que enfrenta desafios; a Tyson Foods também fechou uma unidade em Iowa no ano passado. O fornecimento de suínos está relativamente equilibrado no setor. A empresa está explorando maneiras de utilizar mais carne suína fresca em seus produtos embalados para reduzir sua dependência das exportações.

Além disso, pode redirecionar produtos como rins e estômagos para o mercado de alimentos para animais de estimação nos Estados Unidos. As vendas internacionais representaram 13% das vendas totais da Smithfield nos nove meses encerrados em 29 de setembro. Se houver novas escaladas tarifárias que tornem os mercados menos atraentes, a empresa vai considerar alternativas para maximizar as vendas. Importante ressaltar que Donald Trump também implementou uma rígida política imigratória. Atualmente, mais da metade dos trabalhadores em frigoríficos nos Estados Unidos são imigrantes, enquanto essa proporção é apenas cerca de 17% entre toda a força de trabalho do país, conforme dados do Center for Economic and Policy Research. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.