21/Jan/2025
A oferta restrita de bovinos terminados deve continuar a impulsionar os preços no mercado físico do boi gordo. Embora a proximidade do fim do mês normalmente seja marcada por uma queda na demanda interna pela carne bovina, a menor disponibilidade de boiadas pode forçar o aumento de ofertas acima da referência em algumas regiões pecuárias. Na semana passada, essa dinâmica provocou reajustes nos preços do mercado físico em diversas regiões e dias. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 327,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 300,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 317,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 332,00 por arroba a prazo.
Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 310,00 e R$ 320,00 por arroba; na Bahia, entre R$ 295,00 e R$ 300,00 por arroba; em Mato Grosso, entre R$ 315,00 e R$ 318,00 por arroba; no Pará, a R$ 290,00 por arroba; em Rondônia, a R$ 280,00 por arroba; e no Rio de Janeiro, a R$ 310,00 por arroba. Além da menor oferta de bovinos pelos produtores, as exportações podem continuar a impulsionar os preços no mercado físico nesta semana.
O embarque médio diário avançou 14,9% nas duas primeiras semanas de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse ritmo deve ser mantido devido ao maior apetite de alguns parceiros comerciais, como os Estados Unidos. Nas duas primeiras semanas de janeiro, a cota de 65 mil toneladas a que o Brasil tem acesso sem tarifa de importação nos Estados Unidos já estava 85,74% preenchida. É o preenchimento mais rápido da história dessa cota e reforça o sentimento de um mercado consumidor aquecido nos Estados Unidos, em conjunto com uma oferta que continua em vias de redução.