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14/Jan/2025

Boi: preços seguem sustentados no mercado físico

Os preços do boi gordo estão preços firmes no mercado físico. A oferta restrita de bovinos terminados no início do ano interrompeu a queda nas cotações registrada em dezembro e indicou maior estabilidade nos preços, com altas pontuais em algumas regiões, dependendo do escoamento da carne bovina para consumo. Observa-se uma recuperação gradual dos preços em comparação com dezembro, com um leve aumento observado nas primeiras semanas de janeiro. Isso sugere que, inicialmente, a virada de ciclo está contribuindo para a manutenção dos preços, já que os valores dos bovinos de reposição continuam robustos e mostram tendência de contínuas elevações. Ao longo das próximas semanas, também poderá se consolidar no mercado a mudança no ciclo pecuário, com a retenção de matrizes e a redução nos abates.

A quantidade diária de bovinos abatidos no Brasil diminuiu em dezembro para uma média de 121,57 mil cabeças por dia, queda de 5,70% em relação a novembro de 2024, atingindo o nível mais baixo desde setembro de 2023. Esse enfraquecimento no ritmo de abates pode significar o início do movimento de retenção de fêmeas que se espera para os próximos anos. A menor oferta poderá contrastar com a projetada maior demanda de exportação, o que tende a impulsionar as cotações. O Brasil se consolidará em 2025 como o principal exportador global de proteína animal, responsável por cerca de 28% dos embarques de carne bovina, uma participação recorde. A competitividade brasileira será sustentada por uma combinação que envolve preços competitivos e desvalorização do Real, fatores que favorecem a inserção do produto em mercados estratégicos como Oriente Médio, Norte da África e Sudeste Asiático.

Caso essa previsão se concretize, o Brasil ampliará o recorde de exportações alcançado no ano passado. Por outro lado, o ritmo de consumo no mercado interno poderá limitar a demanda por bovinos terminados nos frigoríficos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 322,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 297,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 315,00 por arroba; e o "boi China", a R$ 327,00 por arroba. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 310,00 por arroba; em Goiás, a R$ 307,00 por arroba; na Bahia, a R$ 290,00 por arroba; em Mato Grosso, a R$ 312,00 por arroba; no Paraná, a R$ 320,00 por arroba; em Santa Catarina, a R$ 327,00 por arroba; e no Rio Grande do Sul, entre R$ 10,90 e R$ 11,00 por arroba.