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14/Jan/2025

Leite: cenário da produção nos Estados brasileiros

Os dados finais da Pesquisa Trimestral do Leite, recentemente atualizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o crescimento da captação de leite em Minas Gerais, Paraná e na Região Nordeste entre janeiro e setembro de 2024 mais do que compensaram a perda de volumes na Região Sul do País (notadamente no Rio Grande do Sul, onde as trágicas enchentes ocorridas no primeiro semestre do ano passado vêm mostrando impactos até agora). As variações (em milhões de litros de leite) entre 2023 e 2024 para o acumulado janeiro a setembro, mostram este efeito.

A captação/produção formal de leite no Brasil cresceu 236 milhões de litros no período de janeiro a setembro (2024 vs 2023), num aumento de 1,3%. Somente no Rio Grande do Sul a queda na captação foi de 161 milhões de litros (-7%) e, em Minas Gerais, o aumento de volume foi de 271 milhões de litros (+6,4%). Interessante reforçar que a captação de leite no Rio Grande do Sul veio em queda, pelo menos, até o mês de agosto/2024. Como a captação diz respeito ao leite adquirido pela planta processadora (e pode existir leite gaúcho que cruza a fronteira para ser processado em plantas em Santa Catarina), se analisa também a variação da captação conjunta de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com poucas mudanças de tendência em relação à análise isolada da captação do Rio Grande do Sul.

Observar-se que apesar de grande e compensar a queda de volumes no Sul do País, o crescimento da captação em Minas Gerais veio em desaceleração no período. No mesmo sentido da captação em Minas Gerais, os volumes verificados na Região Nordeste do Brasil também cresceram em relação a 2023 (+4,9%) mantendo o destaque para a região, dentre as de maior crescimento recente na produção de leite. Em resumo, a grave situação de inundações no Rio Grande do Sul ainda mostra ter impactos importantes nos volumes de leite do Estado e de Santa Catarina.

Os volumes adicionais de Minas Gerais, do Paraná e da Região Nordeste equilibraram estas perdas, ainda que a velocidade de crescimento da captação em Minas Gerais tenha caído bastante nos dois últimos meses do período. Com boa rentabilidade dos produtores durante todo o segundo semestre de 2024 e, aparentemente, sem grandes riscos climáticos no horizonte futuro, a produção brasileira deve terminar 2024 e começar 2025 em franca recuperação. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.