ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

13/Jan/2025

Frango: Goiás reforça medidas contra gripe aviária

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, reforça a necessidade de atenção da população quanto aos sinais de gripe aviária (H5N1), também conhecida como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), em aves, sejam domésticas ou selvagens, incluindo pássaros migratórios. O reforço é em virtude da recente contaminação em humanos nos Estados Unidos, com uma morte registrada naquele país, na segunda-feira (06/01), o que acendeu o alerta mundial em redobrar os esforços contra a doença. Apesar de rara, a contaminação em seres humanos pode acontecer, especialmente em pessoas que trabalham com aves ou que têm exposição recreativa a elas. A transmissão, tanto em aves, quanto em seres humanos, ocorre exclusivamente por via respiratória, e não pelo consumo de ovos ou de carnes. A Agrodefesa destaca, no entanto, que até hoje não foi confirmada nenhuma ocorrência da doença em aves no Estado e não há registros de contaminação em humanos no Brasil.

Goiás segue livre da doença, devido aos esforços tanto do governo estadual, quanto do governo federal, em parceria com produtores rurais e a população, para realizar medidas que previnam a chegada da doença. No entanto, é preciso redobrar os cuidados, especialmente na atenção a aves migratórias ou de fundo de quintal, para que caso tenham algum sintoma, que seja feita a notificação à Agrodefesa. Entre os sinais que podem ser observados nas aves estão tosse, espirros e muco nasal; lesões hemorrágicas (hematomas) nas pernas e às vezes nos músculos; edema (inchaço) nas juntas das pernas, na crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelha-escura; falta de coordenação motora e andar em círculos; diarreia e desidratação. Além disso, em aves de fundo de quintal, pode ser observada também a queda na produção de ovos e alterações nas cascas dos ovos. É preciso que toda população fique atenta, não só o produtor rural. Isso porque a doença pode chegar em aves migratórias, que vêm de outros países onde existe a doença.

Os registros no Brasil até hoje, por exemplo, foram em aves silvestres ou de subsistência em Estados costeiros ou que fazem fronteira com outros países. Mas, em Goiás, onde não há registro de doenças, também há a passagem de aves migratórias, o que redobra os cuidados que todos devem ter em observar sintomas suspeitos. Em caso de suspeita, a população pode notificar a Agrodefesa. É importante ressaltar que a pessoa não deve manipular esse animal, nem se aproximar para evitar a disseminação do vírus. A partir da notificação, um médico veterinário do Serviço Veterinário Oficial terá os materiais necessários para o manuseio das aves, evitando a propagação do vírus, caso a contaminação seja confirmada. Se for um caso positivo, será iniciado todo um protocolo para encerrar o foco. A Agrodefesa realiza diversas ações focadas na prevenção da gripe aviária (Influenza Aviária), incluindo a fiscalização de estabelecimentos avícolas, vigilância ativa, além do controle do trânsito, cadastramento de estabelecimentos avícolas, entre outros.

Em complemento ao trabalho da Agência, os produtores rurais criadores de aves precisam se atentar para as medidas de biosseguridade que devem ser aplicadas nos estabelecimentos de criação de aves, para prevenir a entrada da doença, especialmente pelo contato com aves migratórias doentes. Os produtores comerciais já aplicam diversas dessas medidas, como evitar a presença de árvores próximas aos galpões e a instalação de telas, bem como capacitar os colaboradores para identificação de sintomas e evitar o acesso de pessoas estranhas à criação de aves, entre outras, que também devem ser seguidas em criações de subsistência, também chamadas de fundo de quintal. Ressalta-se também a importância de não misturar aves de espécies diferentes no mesmo aviário, sobretudo galinhas e frangos com aves aquáticas, como patos, marrecos, gansos ou aves silvestres. Outra medida importante é a atenção quanto à origem das aves que o produtor adquire. Ele deve obter essas aves de plantéis certificados ou registrados junto ao Ministério da Agricultura e, de maneira alguma, comprar aves ilegalmente, nem transportar sem Guia de Trânsito Animal. A Agrodefesa também disponibilizou no seu perfil no Instagram um Guia especial sobre a Influenza Aviária. Fonte: Agrodefesa/GO. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.