13/Jan/2025

A S&P Global Commodity Insights prevê que o Brasil vai se consolidar em 2025 como principal exportador de proteína animal, sendo responsável por cerca de 28% dos embarques de carne bovina neste ano, uma participação recorde. A competitividade brasileira será sustentada por uma combinação de alta oferta de gado, preços competitivos e a desvalorização do Real, que favorece a inserção do produto em mercados estratégicos como Oriente Médio, Norte da África e Sudeste Asiático. A China permanecerá como principal destino das exportações, mas novos avanços, como o reconhecimento iminente do status de livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), prometem abrir portas em mercados premium, como Japão e Coreia do Sul. Além disso, a assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul deve facilitar o acesso a mercados do bloco econômico.

O Brasil teve crescimento de 15% na produção de carne bovina em 2024 e um aumento de 29% nas exportações. No setor de suínos, o Brasil se consolidou como o terceiro maior exportador global, superando o Canadá em 2023. A diversificação de mercados, com destaque para Filipinas, Japão, Coreia do Sul, Chile e México, ajudou a compensar a redução da demanda chinesa. Na avicultura, o País mantém liderança com 36% da participação global nas exportações, impulsionado por custos de produção baixos e um mercado interno que favorece o consumo de proteínas mais baratas. Ao diversificar mercados e fortalecer padrões sanitários, o Brasil reduz sua dependência da China e amplia sua resiliência frente a oscilações de mercado e surtos de doenças. Com isso, o País está posicionado para capturar uma fatia ainda maior do mercado global de proteínas nos próximos anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.