10/Jan/2025
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que mais 15 Estados foram inscritos no programa de Estratégia Nacional de Testes de Leite, que identifica a presença do vírus H5N1 da gripe aviária em rebanhos leiteiros. Agora, 28 Estados norte-americanos, que representam 65% da produção de leite dos Estados Unidos, fazem parte da estratégia. Além disso, a agência disse que acredita ser “prudente” buscar um estoque de vacinas que corresponda às cepas atuais dos surtos em aves selvagens e granjas comerciais. Os reforços ocorrem em meio ao avanço do vírus em rebanhos leiteiros, com 919 afetados em 16 Estados até o dia 7 de janeiro, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Além disso, os Estados Unidos registraram na última semana a primeira morte humana pela doença. De acordo com o USDA, nos últimos 30 dias, foram identificadas infecções de H5N1 em rebanhos leiteiros de dois Estados, Califórnia e Texas, que são os únicos locais com detecções ativas, até o momento. Dos dois, apenas a Califórnia faz parte do plano de testagem. A adição de 15 Estados deixa o USDA mais perto de conduzir a vigilância obrigatória e nacional do leite a granel em todos os 48 Estados contíguos (que exclui Havaí e Alasca). Em relação às vacinas, o USDA pretende avançar com um contrato para vacinas licenciadas para começar a estabelecer um estoque. Contudo, as vacinas atuais contra HPAI, licenciadas ou não, não atendem aos critérios para serem consideradas ideais.
Embora existam vacinas licenciadas nos Estados Unidos para certos subtipos do vírus da Influenza Aviária (H5N1, H5N3 e H5N9), nenhuma delas está totalmente adaptada à cepa mais virulenta de H5N1 encontrada no surto atual. Em 2016, o USDA criou um estoque nacional de vacinas para uso em aves comerciais, que não foram utilizadas. A adoção de uma vacina para aves é mais “difícil” na prática e pode ter implicações comerciais, além das incertezas sobre sua eficácia. Em contrapartida, a implantação de um candidato à vacina para bovinos leiteiros, adaptado à cepa atual, é mais viável e tem maior probabilidade de sucesso em parar ou retardar a propagação do vírus. Pelo menos sete candidatos foram aprovados para ensaios de segurança em campo para vacinas projetadas para proteger vacas leiteiras contra o H5N1 até o momento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.