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09/Jan/2025

Boi: preços da carne são sustentados pela demanda

O consumo interno de carne continua dando suporte aos preços no atacado e, com isso, frigoríficos retomam a postura compradora, dispostos a elevar os valores pagos por novos lotes de boi gordo. Na maioria das regiões têm sido captados negócios acima dos preços verificados no final do ano, com altas entre 0,5% e 2,6% neste início de 2025. No mercado futuro, operadores também vêm ajustando para cima os valores dos três próximos vencimentos (contratos Janeiro/2025, Fevereiro/2025 e Março/2025). A margem obtida com a carne ajuda bem a explicar a disposição dos frigoríficos. A diferença entre o valor pago pelo boi gordo aos pecuaristas (São Paulo) e o obtido com a venda de 15 Kg da carne com osso, no atacado de São Paulo, se mantém muito atraente, em torno dos R$ 30,00 por arroba. Essa margem é uma das maiores do histórico do Cepea, levemente abaixo do recorde de dezembro (a média mensal foi R$ 32,17 por arroba.

O preço médio do boi gordo em São Paulo registra alta de 1,61% nos últimos sete dias, passando de R$ 317,40 por arroba no dia 30 de dezembro para R$ 322,50 por arroba agora. No mesmo período, as expectativas para o vencimento de Janeiro/2025 na B3 se elevaram em 2,15%, mas, o ajuste de terça-feira (07/01) ainda está um pouco abaixo do valor médio atual, a R$ 322,45 por arroba. A carcaça casada de boi, por sua vez, apresenta valorização de 0,43% na parcial de janeiro, cotada a R$ 23,46 por arroba. Ao longo de dezembro, enquanto o preço médio do boi gordo em São Paulo recuou quase 10%, a carcaça casada no atacado de São Paulo se desvalorizou apenas 3,2%. Agora, 15 Kg de carcaça equivalem a R$ 351,90 por arroba, ante o preço médio do boi gordo a R$ 322,50 por arroba. Importante observar que a exportação tem perdido ritmo. Depois do volume recorde de outubro, em novembro e em dezembro houve diminuição no comparativo com o mês anterior. Em novembro, o volume de carne in natura embarcado foi 15,6% menor que o de outubro e, em dezembro, a diminuição sobre novembro foi de 11,2%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No consolidado de 2024, as exportações de carne in natura e processada bateram o recorde de 2,827 milhões de toneladas, superando em 23,4% o volume de 2023, recorde até então. A China continuou sendo o grande parceiro. Comprou volume 10% maior que em 2023, sendo o destino de 46,8% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil. Seu “share” (em volume), no entanto, baixou de 52% para 47% em 2024. O segundo maior destino da carne bovina brasileira foram os Estados Unidos, que receberam 8,1% do volume, seguidos pelos Emirados Árabes, que compraram 4,7% da carne exportada. Hong Kong representou 4% e Chile, 3,9% do volume. Para 2025, além de aumentar o volume negociado com os principais compradores, a indústria brasileira se mostra otimista em acessar novos mercados. Para isso, conta com a motivação dos produtores em continuar investindo. Os confinadores são uma categoria que vem ganhando destaque, influenciando de maneira sistêmica o mercado pecuário nacional. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.