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08/Jan/2025

Tecnologia: IA e automação na cadeia de proteína

Na produção animal, como pecuária de corte, a rastreabilidade é uma exigência fundamental para garantir a origem, qualidade e segurança dos produtos. Historicamente, a identificação dos animais foi feita de forma manual ou com o uso de brincos contendo códigos visuais. No entanto, startups e empresas de tecnologia estão impulsionando uma revolução nesse processo, introduzindo soluções baseadas em RFID (identificação por radiofrequência) e IoT (Internet das Coisas). O termo IoT (Internet das Coisas) refere-se à rede de dispositivos físicos conectados à internet, que trocam dados entre si e com a nuvem. Esses dispositivos são equipados com sensores, software e outras tecnologias que permitem a comunicação e a interação com outros sistemas.

A IoT pode incluir desde objetos domésticos simples, como eletrodomésticos, até equipamentos industriais avançados, com o objetivo de otimizar processos e fornecer informações em tempo real. Os brincos de identificação de nova geração utilizam radiofrequência, permitindo que antenas instaladas nos pontos de passagem leiam automaticamente vários animais ao mesmo tempo. Isso elimina a necessidade de leitura manual e agiliza processos como o carregamento de caminhões. Esse modelo não apenas otimiza o tempo, mas também aumenta a precisão dos dados, crucial para exportações e certificações de qualidade.

Com antenas e dispositivos conectados, é possível monitorar toda a cadeia produtiva, desde o nascimento do animal até o abate. Essa rastreabilidade inteligente é essencial para atender às demandas do mercado global e melhorar a gestão operacional. A NR36, norma que regula o trabalho em câmaras frias, é um exemplo prático da aplicação de RFID e IA. Com a identificação por radiofrequência, pode-se monitorar automaticamente o tempo que cada funcionário passa dentro dessas áreas. Isso não só otimiza a operação, mas também garante conformidade com as normas de segurança sem depender de registros manuais.

A automação não se limita à segurança. Sistemas de visão combinados com algoritmos inteligentes permitem identificar problemas de qualidade e realizar triagens automáticas. Além de reduzir o impacto da fadiga humana, esses sistemas aumentam a precisão e mantêm a produtividade consistente. Essas soluções também abrem caminho para novas aplicações, como classificar cortes premium ou monitorar o uso de EPIs de funcionários, garantindo segurança e eficiência em todos os níveis da cadeia produtiva. A integração de RFID, IoT e IA demonstra como a indústria de proteína animal pode se tornar cada vez mais automatizada e conectada, pavimentando o caminho para um futuro mais inovador e competitivo. Fonte: Ligados & Integrados. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.