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06/Jan/2025

Boi: rebanho e produção de carne menores em 2025

A arroba do boi gordo registrou, em São Paulo - praça referência de preços do País -, a maior alta nominal em 2024 de cinco anos para cá, com 35,6% de janeiro a dezembro. Esta alta foi superior à de 2020, quando a cotação subiu 33,6%, lembrando que, naquele período, vivia-se um processo de retenção de matrizes. E, em 2024, o abate de matrizes foi recorde. Em termos reais, com preços deflacionados pelo IGP-DI, 2024 foi o ano de maior ajuste desde 2011, com aumento, de janeiro a dezembro, de 26,2%. Considerando a média anual de preços deflacionados, porém, o preço médio aumentou 0,1% e o ajuste real em 2024 foi puxado, principalmente, pela recuperação na cotação no último trimestre.

Em relação a perspectivas para 2025, no primeiro trimestre, será preciso entender como a oferta de vacas vai se comportar, uma vez que há melhor suporte das pastagens e menor necessidade de venda. Tal situação foi diferente da virada de 2023 para 2024. Ainda sobre as pastagens, ao longo do ano que vem, com chuvas que vêm caindo bem desde outubro de 2024, há qualidade e condição para que a oferta de boiadas no começo de 2025 seja menos intensa do que em um passado recente, dada a tendência de o pecuarista reter os animais no pasto em boas condições, na chamada engorda barata. Tal situação deve prolongar a oferta de boiadas da “safra de capim”.

Outra questão a ser levada em conta será qual o ímpeto do consumidor brasileiro, que deverá estar menos capitalizado neste período, e se a exportação ganhará novo fôlego, podendo compensar, com um dólar acima de R$ 6, a morosidade esperada no mercado interno. Já para o restante do ano, a expectativa é de crescimento de 0,7% no volume de carne bovina exportada em 2025. Considerando um crescimento sobre um volume recorde, o contexto é excelente. Após dois anos de intenso abate de fêmeas, o rebanho bovino e a produção de carne bovina deverão diminuir. Em resumo, há a perspectiva de um ano menos ofertado em 2025 e com uma demanda, ao menos a externa, aquecida para 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.