06/Jan/2025

Depois de registrar um 2024 bom, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas. Do lado oferta, estimativas preliminares realizadas pelo Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional, em conjunto com instituições públicas, privadas e associações ligadas à cadeia produtiva, deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais.

Segundo dados da Secex, em 2024, foram escoadas mais de 1,2 milhão toneladas de carne suína in natura, aumento expressivo de mais de 9% em relação ao volume de 2023. Este desempenho recorde das exportações está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China. Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações. Em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando patamar acima de 1,2 milhão de toneladas.

No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo de 2025, o volume produzido de carne de suína deverá atingir 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024. Quanto ao poder de compra, o suinocultor poderá enfrentar custos ligeiramente mais altos em 2025 em comparação aos de 2024, uma vez que o Brasil tem lidado frequentemente com instabilidades climáticas, como secas severas, queimadas e chuvas irregulares. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.