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18/Dec/2024

Boi: MT registra abate recorde na parcial de 2024

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o ano de 2024 ainda não acabou e Mato Grosso já bateu o recorde de abate de bovinos. O Estado deve encerrar o ano com mais de 7 milhões de cabeças abatidas, caso seja mantida, em dezembro, a média mensal de 620 mil cabeças (de janeiro a novembro). Entre janeiro e novembro, Mato Grosso abateu 6,83 milhões de cabeças, alta de 21,03% ante igual intervalo de 2023. Mesmo com essa quantidade recorde, o preço do boi gordo seguiu firme no primeiro semestre, característica de transição de ciclo. Enquanto no primeiro semestre o indicador do boi gordo Imea oscilou apenas R$ 10,00 por arroba ao longo dos meses, para cima ou para baixo, a partir de agosto de 2024 o cenário se inverteu. Em apenas quatro meses o indicador registrou alta de R$ 115,86 por arroba, alcançando R$ 325,27 por arroba em 29 de novembro, a maior cotação já registrada na série histórica do Imea.

Assim, com a demanda interna e externa aquecida, a arroba em Mato Grosso subiu 3,48% em 2024, na parcial do ano, em relação a 2023, ficando na média de R$ 229,26. Apesar de a oferta de bovinos no Estado estar acima da média, o principal fator que impulsionou a alta nos preços foi a demanda externa, que também atingiu níveis recordes. As 700,52 mil TEC (tonelada equivalente carcaça) exportadas de janeiro a novembro de 2024 por Mato Grosso já superam em 15,72% o total exportado em 2022, que anteriormente detinha o recorde. Em relação a igual intervalo de 2023, as exportações de carne bovina estão 29,35% maiores. Em relação ao ano que vem, com o início da retenção de matrizes e a menor participação de fêmeas nas indústrias, os preços do boi gordo devem continuar subindo. Depois de três anos consecutivos com intenso abate de matrizes em Mato Grosso, a oferta de bovinos mais jovens para reposição, em especial bezerros, tende a ser ainda menor no próximo ano.

Esse cenário deve influenciar positivamente os preços da categoria, resultando na recuperação da margem da cria. A maior atratividade da cria tende a começar o movimento de retenção de fêmeas no Estado, dando início à fase de alta do ciclo pecuário. Isso terá como reflexo na redução da disponibilidade de vacas para o abate, o que deve impulsionar o preço do boi gordo em Mato Grosso. Os abates totais no Estado podem apresentar um leve recuo quando comparados ao patamar recorde observado este ano. Em relação à demanda por carne bovina, o fortalecimento de mercados já existentes tende a continuar, mantendo as exportações da proteína bovina fortalecidas, especialmente para países do Oriente Médio. Além disso, a redução na produção de carne pelos Estados Unidos pode também favorecer as exportações brasileiras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.