11/Dec/2024
Segundo a DSM-Firmenich, o descarte de fêmeas no primeiro semestre de 2025 deverá ser um dos principais fatores a pressionar os preços da arroba do boi gordo no Brasil. A alta percentagem de fêmeas nos abates deve sustentar a produção de carne em níveis elevados nos primeiros meses do próximo ano, enquanto a demanda doméstica pode não acompanhar esse ritmo. Se não tiver uma demanda muito forte no primeiro semestre, possivelmente os preços ficarão mais sob controle, com tendências de queda. No entanto, uma queda abaixo de R$ 300,00 por arroba, ainda é incerta. As exportações seguem firmes. O mercado externo, em especial pelo crescimento da participação dos Estados Unidos, continua a absorver grande parte da produção brasileira.
Os Estados Unidos aumentaram cerca de 5% a 6% da exportação brasileira adicionalmente. O país norte-americano dobrou as compras, e esses 5% a mais ajudam a enxugar o mercado doméstico. Apesar disso, preços elevados no mercado interno, como os observados em 2024, já resultaram em carne ‘encalhada’ no varejo, evidenciando um limite para o consumo. Com o preço do boi gordo a R$ 350,00 por arroba, começou a haver substituição no varejo doméstico. O cenário para o segundo semestre de 2025, porém, tende a ser diferente. A expectativa é de que o setor comece a reter fêmeas, reduzindo o abate, o que afetaria a relação entre oferta e demanda. Essa retenção significa menor oferta de carne, e os preços começam a reagir. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.