11/Dec/2024
De acordo com o Censo de Confinamento da DSM-Firmenich, o modelo de boitel, no qual pecuaristas terceirizam o confinamento do gado bovino, caiu pelo segundo ano consecutivo. Foram 1,475 milhão de animais confinados nesse modelo em 2024, com representatividade de 18,5%, em comparação com 1,583 milhão de cabeças e 22%, respectivamente, no ano passado. O auge do boitel foi em 2022, com 1,624 milhão de animais e participação de 23,3%. A queda é resultado de desafios significativos, com margens pressionadas ou mesmo negativas no período.
Além dos custos do boi magro e da operacionalização, que já existem em qualquer confinamento, o boitel agrega o custo do prestador de serviço, o que eleva o custo total do sistema. Isso pesa ainda mais em momentos de crise, como os últimos 30 meses de margens muito fracas. Apesar dos desafios, o boitel continua sendo uma alternativa relevante, com perspectivas de expansão no Brasil, especialmente para atender produtores que buscam eficiência sem os altos custos de infraestrutura. O boitel é uma solução bem interessante, principalmente para o pequeno produtor, que pode se especializar em determinadas partes do sistema produtivo sem precisar investir tanto em infraestrutura.
O confinamento tradicional exige um investimento inicial elevado, que pode ser inviável para pequenos e médios produtores. Além disso, a sazonalidade da atividade aumenta a depreciação de equipamentos e instalações, reduzindo ainda mais a rentabilidade. Por isso, há potencial do modelo no longo prazo. O boitel é um sistema que vai continuar se desenvolvendo e ganhando relevância no Brasil, principalmente na consolidação de grandes confinamentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.