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11/Dec/2024

Frango: Angola restringe importação de derivados

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) contestou a “proibição” de importação de cortes de frango em Angola, desde abril passado, nomeadamente ponta de asa, dorso, pescoço, carcaça e outros, pedindo ao Governo angolano a revisão da medida. Segundo a ABPA, a importação de derivados de frango é complementar e tem “selo de qualidade”. Angola está em recuperação, com retorno de crescimento, precisa gerar emprego, mas precisa também de garantir comida na mesa das pessoas. Por isso, a lei que proíbe a importação de algumas partes e dos miúdos de aves causa contrariedade. Brasil e Angola têm hábitos alimentares muito parecidos e não há justificativa técnica para não exportar miúdos de frango e bovino. É importante acabar com qualquer espécie de protecionismo.

A entidade exortou as autoridades angolanas que vetaram a importação de cortes ou derivados de frango brasileiros desde abril passado, a rever a decisão. Falando no âmbito do Fórum Empresarial Agro Brasil-Angola, em Luanda, no âmbito da visita do ministro de Estado para a Agricultura e Pecuária do Brasil a Angola, mais de 150 países do mundo atestam a qualidade da carne brasileira. O Brasil é o maior exportador de aves e de carne bovina do mundo e o quarto maior exportador da carne suína e, por isso, é fiscalizado diariamente por mais de 150 países, destino das suas exportações. A ABPA pediu ao governo angolano a revisão das regras que proíbem a importação de miúdos de frango, de ponta de asa, de dorso, de pescoço de frango, de peru.

O consumo de derivados de frango em Angola ganhou forma e constitui a base alimentar de muitas famílias, sobretudo nos últimos anos, por ter preços acessíveis, face aos baixos rendimentos de muitos, que recorrem à “sócia” (arranjo informal para pagamentos parcelados de produtos). Em maio de 2023, a então diretora nacional do Comércio Externo, Augusta Fortes, anunciou que os importadores de frango haviam sido orientados a fazer uma descrição específica da mercadoria a importar e a descontinuarem a importação de produtos que ferem a ‘moral da população’, como cabeças de frango, a carcaça de frango, rabinhos de frango. O Brasil exporta anualmente entre 35 e 40 mil toneladas de carne para Angola. Fonte: Angola 24 Horas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.