10/Dec/2024
A peste suína africana (PSA) alcançou seu 21º país asiático: o Sri Lanka. A confirmação formal foi emitida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), após uma série de relatos de mortes de suínos no país, inicialmente divulgados pela mídia local e pela FAO. O surto foi identificado em três fazendas, com o primeiro caso sendo registrado em 25 de outubro de 2024. Os surtos ocorreram na região oeste do Sri Lanka, em um raio de 100 Km da capital Colombo. A maior infecção aconteceu em uma fazenda em Madampe, na Província do Noroeste, distrito de Puttalam. Nessa fazenda, com 855 suínos, 301 suínos morreram. Em Bollaththa, Ganemulla, na Província Ocidental (distrito de Gampaha), outro surto afetou 564 suínos, com 91 mortes registradas.
Em Ja-ela, também na Província Ocidental e no distrito de Gampaha, 282 suínos foram infectados, com 251 mortes. A proximidade geográfica entre as fazendas afetadas sugere uma possível disseminação rápida do vírus na região. Além dos surtos confirmados nas províncias de Uva, Norte e Noroeste, estima-se que entre 20.000 e 25.000 suínos tenham sido afetados apenas na Província Ocidental. A rápida disseminação do vírus nas fazendas suínas levanta preocupações de que o surto já tenha atingido níveis críticos. Fontes locais indicam que a PSA pode estar mais avançada do que as informações oficiais indicam. O Sri Lanka tem uma população majoritariamente budista (mais de 70%), o que influencia seus hábitos alimentares.
No entanto, a carne suína continua sendo consumida no país, especialmente em pratos típicos que refletem as influências culinárias do Sul da Ásia e do Sudeste Asiático. A presença da PSA pode gerar não apenas desafios sanitários, mas também impactos econômicos e culturais para a indústria de carne suína local. O surto de PSA no Sri Lanka segue uma tendência preocupante observada em toda a Ásia, onde o vírus começou a se espalhar em 2017, partindo da Sibéria. Em agosto de 2018, a China foi severamente afetada, e desde então o vírus se espalhou rapidamente para outros países asiáticos.
Além dos 21 países asiáticos já infectados, a PSA também chegou à Papua Nova Guiné em 2020, e Taiwan relatou a presença do vírus em suínos encontrados nas praias, possivelmente provenientes da China. Com o avanço contínuo da PSA, as autoridades sanitárias e os produtores agrícolas do Sri Lanka e de outros países asiáticos devem redobrar os esforços para controlar a disseminação do vírus, implementando medidas rigorosas de biossegurança e monitoramento constante. O impacto da PSA no mercado de carne suína e na segurança alimentar da região continua a ser uma preocupação significativa para governos e agricultores. Fonte: Pig Progress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.