10/Dec/2024
O ritmo de consumo da proteína bovina, fator decisivo para o escoamento, deverá ser determinante nesta semana para indicar o rumo e o ritmo das negociações no mercado físico do boi gordo. Na última semana, com escalas alongadas e menor demanda, os frigoríficos conseguiram reverter o recente movimento de alta. Assim, os preços caíram em várias regiões. Em algumas delas, em dias seguidos. Do lado da indústria, a estratégia foi testar preços mais baixos, aproveitando a maior folga nas escalas de abate.
Os pecuaristas mostraram resistência, especialmente em relação a bois de confinamento. Os frigoríficos reduziram a quantidade abatida por dia, com ajuste da oferta de carne ao consumo. No entanto, a perspectiva de aumento da demanda ao longo do último mês do ano, marcado pelas festividades, pode frear essa estratégia. Essa possibilidade pode ganhar força já nesta semana, em função do pagamento recente da massa salarial.
Espera-se que o consumo de carne melhore até o fim do mês, dando sustentação aos preços. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 305,00 por arroba a prazo; a da novilha gorda, a R$ 322,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 335,00 por arroba a prazo. No atacado, a demanda está abaixo das expectativas, o que também contribui para a queda dos preços no mercado físico. Compradores e distribuidores se mantêm cautelosos, refletindo em preços pressionados, especialmente nos cortes menos nobres.