06/Dec/2024
De acordo com levantamento da Ponta Agro, o lucro médio por bovino confinado atingiu o mais alto nível desde 2020. O valor foi de R$ 1.901,23 na Região Sudeste e R$ 1.643,72 na Região Centro-Oeste no mês de outubro. O cálculo da lucratividade considera o custo de reposição de 90 dias antes da cotação e a diária alimentar no período de confinamento. Em 2020, o lucro por animal confinado havia sido de R$ 1.273,74 no Sudeste e R$ 1.270,33 no Centro-Oeste. O cenário reflete o aquecimento do mercado pecuário nacional, com a alta do preço da arroba do boi gordo, sendo fator decisivo para impulsionar a lucratividade dos animais confinados. Na Região Sudeste, em 2024, o produtor que confinou só ficou no "vermelho" em março e abril, mas a maior lucratividade havia sido de R$ 599,23 por cabeça em setembro. Na Região Centro-Oeste, neste ano, antes de outubro, o único mês positivo para quem confinou havia sido setembro, com lucratividade de R$ 186,77 por cabeça.
O setor vive um momento único, em que a valorização da arroba está acompanhada por uma gestão mais inteligente dos custos. Isso permite que o pecuarista transforme esse aumento de preço em rentabilidade real, especialmente aqueles que adotam soluções tecnológicas para otimizar o manejo e a nutrição dos bovinos. Os níveis recordes de lucratividade podem, no entanto, não perdurar diante do aumento dos custos de produção, principalmente na Região Centro-Oeste. O Índice de Custo Alimentar em Confinamento da Ponta Agro (Icap) subiu 10% na região em outubro, para R$ 14,90 por dia. O preço da reposição também subiu: o boi magro passou de R$ 229,36 por arroba em setembro para R$ 308,00 por arroba em outubro. Na Região Sudeste, o Icap ficou quase estável entre setembro e outubro (passou de R$ 11,46 por dia para R$ 11,48 por dia). A cotação do boi magro subiu de R$ 245,25 por arroba para R$ 310,00 por arroba em São Paulo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.