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05/Dec/2024

Lácteos se ajustam a novos hábitos do consumidor

Os lácteos têm enfrentado um cenário de mudanças rápidas e profundas nos hábitos dos consumidores. Impulsionado por novas demandas por saudabilidade, praticidade e valores ambientais, o setor precisa adaptar-se para atender às expectativas de um consumidor que busca mais do que apenas nutrição: ele quer produtos que estejam alinhados com seu estilo de vida e crenças. A Loudtt destacou que os consumidores têm mudado rapidamente seus hábitos e tendências, e são influenciados por fatores que vão além do produto em si. Atualmente, a alimentação representa saúde e a “comida é medicina em todas as classes sociais”, evidenciando como a alimentação se tornou sinônimo de saúde. Não existe uma dieta da moda hoje, o que existe são dietas com baixo carboidrato e alta proteína.

Em meio à busca pela “cura” e por alimentos que proporcionem bem-estar físico e mental, os lácteos têm uma grande oportunidade para destacar suas propriedades naturais e nutritivas como um alimento saudável e molda um novo desafio às indústrias: o de levar um alimento de melhor qualidade nutricional ao consumidor. Para a nova geração, a comida se tornou um tipo de “moeda social” que se conecta com os valores pessoais de cada indivíduo. Consumidores mais jovens dizem que é muito importante comprar de marcas que estejam em sintonia com seus valores. Os jovens desejam comprar de marcas que compartilhem suas convicções, especialmente em termos de sustentabilidade e transparência. Eles estão cada vez mais conscientes de como suas escolhas alimentares afetam não apenas sua saúde, mas também o meio ambiente.

Essa consciência está redefinindo o mercado. Alimentos de alta qualidade e que preservam a autenticidade ganham espaço em um cenário onde as pessoas se preocupam com a origem e o processo de produção dos alimentos. Isso redefine o mercado de lácteos, que precisa demonstrar sua qualidade, origem e impacto para atrair consumidores que priorizam autenticidade e responsabilidade ambiental. Há duas grandes forças que movem o desejo do consumidor: o emocional e o racional. Os consumidores buscam retomar o controle da vida, da saúde, de onde querem chegar e procuram na alimentação uma "cura" para os desafios cotidianos. Não se trata mais apenas do que compramos, é sobre entender por que compramos.

Em meio a enxurrada de informações, os consumidores buscam coisas mais simples, que remetem à tradição e confiança, mas que, ao mesmo tempo, ofereçam conveniência à sua rotina, que tragam praticidade para o consumo. Há uma maior percepção para os produtos lácteos com qualidade superior, que remetem a naturalidade que tragam uma experiência de qualidade superior. Outro ponto abordado foi a personalização nutricional. A “bioindividualidade” e a nutrição personalizada são tendências crescentes, e os lácteos têm espaço para explorar essa necessidade. Oferecer produtos lácteos que se alinhem com objetivos específicos de saúde, como fortalecimento intestinal ou saúde cerebral, pode representar um diferencial significativo.

Com um número crescente de consumidores buscando “comida como medicina”, desenvolver produtos que atendam a necessidades específicas é uma oportunidade para o setor lácteo se aproximar de um público que valoriza a saúde preventiva. A Verde Campo reforçou a importância de antecipar as demandas do mercado e o papel da saudabilidade na indústria láctea. A empresa inovou com produtos sem lactose muito antes de essa ser uma demanda evidente, destacando a necessidade da indústria de não apenas reagir, mas liderar as tendências de saudabilidade. Com a inversão da pirâmide etária no Brasil, onde mais de 10% da população já está acima dos 60 anos, o setor deve focar em produtos que promovam a longevidade, em sintonia com o envelhecimento da população.

À medida que mais pessoas procuram uma alimentação balanceada e que promova a saúde a longo prazo, há uma crescente expectativa de que a alimentação evolua junto com os avanços da medicina. Além de saudável, a comida também precisa ser gostosa. 41% das pessoas dizem que comer afeta o bem-estar. Essa alimentação saudável não pode deixar de ser gostosa, saborosa e indulgente. É importante fazer um paralelo entre alimentos saudáveis, porém saborosos e prazerosos. Diante de um consumidor mais exigente e informado, os lácteos têm a oportunidade de se posicionar como alimentos confiáveis, saudáveis e autênticos, capazes de atender às aspirações contemporâneas e de contribuir para uma alimentação mais equilibrada e sustentável. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.