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19/Set/2019

Boi: retirada da vacina contra aftosa exige cautela

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a retirada da vacina contra a febre aftosa em todo o Brasil "não pode dar errado". Caso a vacina seja retirada em todo o País e haja casos de emergência, pode não haver vacinas. Isso pode ser resolvido com um banco de vacinas, ou de antígenos, tecnicamente falando. Mas, ainda está se decidindo quem financiaria isso. E não é algo simples, pois tem que ter o vírus (para produção de doses de vacina), o óleo (pois a vacina é oleosa), e a estrutura. A entidade afirma que não se opõe à retirada da vacinação. Mas, é preciso considerar riscos de reintrodução e se o País está preparado. Ao deixar de vacinar, é possível não ter o imunológico à disposição.

Talvez seja necessário maiores esclarecimentos e que se tenha um panorama mais claro para qualquer perspectiva de futuro. O estoque de segurança do Brasil hoje, de 50 milhões de doses, é maior do que todo o volume usado pela Argentina em uma campanha de vacinação (40 milhões de doses) e pelo Uruguai (11 milhões de doses). Há todo um complexo para a produção da vacina, que poderá ser prejudicado no caso da retirada. Embora o Brasil exporte vacina para outros países, e Uruguai, Argentina e Paraguai já afirmaram que não pretendem retirá-la, só o mercado externo é insuficiente para manter a indústria. Além disso, há preocupações com casos na Colômbia e com a situação da Venezuela. O Paraná deve ser o segundo Estado brasileiro a retirar a vacina. A última vacinação foi feita em maio, em novembro provavelmente não farão mais.

O Rio Grande do Sul também pode antecipar sua retirada. Talvez a última vacinação no Estados fique para maio do ano que vem, que também seria a última de Rondônia e Acre. Mas, é preciso analisar Estado por Estado. Alguns estão mais adiantados e outros, atrasados. O calendário atual de retirada divide os Estados em cinco blocos. Hoje, tem alguns municípios de Mato Grosso que têm toda a vida pecuária voltada para Rondônia. Se o bloco 1, com Rondônia e Acre, sair conforme programado, existe dúvida sobre como ficará a situação, se vai haver barreira entre eles, por exemplo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.