29/Nov/2024
Os frigoríficos têm tentado conter a alta dos preços no mercado físico do boi gordo, que se intensificou nas últimas semanas. Com a proximidade do fim do mês e a perda do poder de compra da população, as indústrias estão reduzindo o ritmo de aquisições de bovinos terminados, com foco apenas na recomposição das escalas de abate. Mas, a estratégia não impediu a alta nos preços de referência em algumas regiões pecuárias, mas ela não foi generalizada.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 350,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 325,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 342,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 355,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, no Paraná e em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 345,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 335,00 por arroba; em Alagoas, a R$ 312,00 por arroba; e em Tocantins, a R$ 320,00 por arroba. Representantes de alguns frigoríficos começam a relatar dificuldade para repassar novos aumentos para a carne no atacado, o que pode se refletir na demanda aos pecuaristas.
Esse é um fator que também pode ajudar a contribuir para frear o movimento de alta das cotações no mercado físico. Mas, até o momento, esse fator não teve força para pressionar nem as cotações da carne no atacado, nem o mercado de bois para abate. Em São Paulo, no atacado, na parcial de novembro, a carcaça casada de boi tem valorização de 9,2%, para R$ 23,92 por Kg. Nos últimos sete dias, porém, a alta é de apenas 0,7%.