28/Nov/2024
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta no IPCA-15 de novembro foi influenciada novamente pelas carnes. Assim, frente a uma variação mensal de 0,62% no IPCA-15, a do frango em pedaços foi três vezes maior (3,11%) e a da carne bovina 12 vezes maior (7,54%). Como sempre ocorre nessas ocasiões, as carnes logo serão taxadas de vilãs da inflação. Independente disso, porém, dois fatos precisam ser considerados.
O primeiro é que as altas registradas no segundo semestre são reflexo, exclusivamente, da sazonalidade, ou seja, decorrem de um período marcado naturalmente pela menor oferta de bois, o que eleva seus preços. E aumento do boi gordo, eleva o frango e o suíno. O segundo fato é que as altas mais recentes apenas repõem, por enquanto, parcialmente, as perdas enfrentadas na primeira metade do ano. Em 2024, durante o primeiro semestre, os preços obtidos pelas carnes tiveram desempenho aquém da média sazonal. Deveriam alcançar valor 2,8% superior à média do ano anterior, mas tiveram valorização negativa (-0,4%).
Vêm, portanto, compensando essa perda no segundo semestre. Isto não significa que as perdas do primeiro semestre já tenham sido inteiramente repostas. Porque, nestes primeiros 11 meses de 2024 (dados parciais para novembro), o preço das carnes se encontra 6,6% acima da média de 2023. Pela média sazonal, esse ganho deveria ser 7,23%. Em outras palavras, ainda que os preços mais recentes estejam fora da curva, registram evolução 0,5% inferior à apontada pelo comportamento sazonal de preços. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.