19/Set/2019

O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia do Sul confirmou, nesta quarta-feira (18/09), a identificação do segundo surto da peste suína africana (PSA) no país. O foco foi detectado na cidade de Yeoncheon e levou à eliminação de 4,7 mil suínos. Na terça-feira (17/09), as autoridades sul-coreanas anunciaram que o vírus tinha sido identificado em três fazendas do mesmo proprietário, na cidade de Paju, vizinha de Yeoncheon, levando ao abate sanitário de 4 mil suínos. Foi o primeiro surto registrado no país. A Coreia do Sul tem um plantel de aproximadamente 11,3 milhões de suínos. A região atingida faz fronteira com a Coreia do Norte, que detectou a presença do vírus em maio. No entanto, o governo sul-coreano afirmou que ainda não é possível confirmar a rota de origem da doença.

A presença do vírus foi confirmada por testes de laboratório. Autoridades locais afirmaram que as medidas para desinfetar fazendas e veículos de transporte de animais foram ampliadas. A disseminação da doença pode ser favorável para os distribuidores locais de carne suína, porque o avanço da epidemia sobre o plantel pode gerar escassez de produção e até reduzir um excesso de oferta. Contudo, é provável que o incidente tenha um impacto limitado, já que a indústria pecuária da Coreia do Sul está bem preparada para combater doenças animais. Com 50 milhões de consumidores, a Coreia do Sul importa cerca de US$ 1,5 bilhão por ano em carne suína. Exportadores dos Estados Unidos avaliam se a disseminação da doença pela Coreia do Sul pode resultar em maior importação do produto norte-americano.

Em 2018, os Estados Unidos exportaram cerca de 220 mil toneladas de carne suína para o país asiático. Este segundo caso de peste suína africana em poucos dias aumentou dramaticamente a preocupação de que a doença se espalhe sem restrições pela Coreia do Sul, como ocorreu no resto do Sudeste Asiático. Alguns especialistas em saúde animal consideram que o atual surto da PSA é a maior epidemia animal conhecida da história. No continente asiático, a doença já foi detectada nos plantéis de China, Vietnã, Mongólia, Camboja, Laos, Mianmar, Coreia do Norte e Filipinas. Ainda nesta quarta-feira (18/09), o governo da Tailândia negou rumores de que houvesse identificado a doença no país. Relatos da mídia local citavam abate de 200 suínos por infecção com o vírus na região norte do país. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.