27/Nov/2024
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou ter recebido o pedido de desculpas do CEO do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, em carta assinada e enviada formalmente às Pasta. Na carta, Bompard reconheceu a alta qualidade, o respeito às normas e o sabor da carne brasileira. “Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpa", diz um trecho do documento. O Ministério da Agricultura ressaltou que o Brasil tem um sistema de rigoroso de defesa agropecuária, que posiciona o País como o principal exportador de carne de aves e bovina do mundo.
O Mapa reitera os elevados padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária brasileira. Assim, o Mapa enaltece o trabalho desempenhado pelo setor, a gestão ativa das associações e seus associados na defesa de uma produção de excelência que chega às mesas de consumidores em mais de 160 países do mundo. A Pasta afirmou, ainda, que trabalha para esclarecer os fatos para não permitir que declarações equivocadas coloquem em dúvida um trabalho de defesa agropecuária de alto nível e de uma produção de alta qualidade e comprometida com uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta.
A líder do PP no Senado e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (MS) não ficou satisfeita com o tom da "carta de desculpas" do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. Para ela, o CEO segue sem reconhecer a qualidade dos produtos agropecuários brasileiros. Para ela, a carta de 'desculpas' do CEO global do Carrefour não mitiga em nada os inaceitáveis prejuízos causados à imagem da carne brasileira e significa zero mudança do ponto de vista comercial.
"Como sempre, prevalece o eurocentrismo: Alexandre Bompard diz que continuará comprando carne brasileira no Brasil 'para atender as preferências regionais dos nossos clientes'. Ele simplesmente ignora, na carta, que, neste momento, frigoríficos brasileiros é que pararam de vender para o Carrefour. Desde o início, o boicote de fornecimento de carne embute uma questão de princípio: a recusa de vender para quem não reconhece a qualidade, para todos os consumidores, dos nossos produtos agropecuários. Lamentável todo esse episódio. Mas sigamos, com a força e superação de sempre do agro brasileiro", acrescentou a ex-ministra, que é uma das principais lideranças políticas do agronegócio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.