26/Nov/2024

Representantes de indústrias de proteína animal vão se reunir nesta terça-feira (26/11) para avaliar os impactos das medidas adotadas contra a operação do Grupo Carrefour no Brasil e os próximos passos. Cada participante deve informar as medidas que adotaram e novos posicionamentos podem ser apresentados. O último foi apresentado de forma conjunta, na semana passada, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A indústria nacional deixou de comercializar o produto com o Carrefour no País. Algumas empresas suspenderam entregas ao grupo, enquanto outras optaram por manter contratos já firmados, sem avançar com novas negociações.

Não é um boicote econômico, mas é uma reação política e de repúdio. A insatisfação se concentra em um ponto principal: a imagem da carne brasileira teria sido questionada. A ofensa à imagem do Brasil é grave. Embora o volume de compras do Carrefour na França seja relativamente modesto, o efeito sobre a reputação da carne brasileira é considerado significativo. O setor avalia que um pedido de desculpas público do CEO do Carrefour seria necessário para reparar os danos. O movimento, assim, reflete o descontentamento com o possível impacto das declarações em outros mercados, mais relevantes para a proteína do Brasil. Segundo o representante da indústria, algumas companhias já decidiram redirecionar a produção para outros compradores, mitigando os efeitos do rompimento com a rede varejista. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.