25/Nov/2024
No início da temporada de caça, a Agência Federal Belga para a Proteção da Cadeia Alimentar (FAVV) emitiu um alerta rigoroso aos caçadores para redobrar a vigilância contra a peste suína africana (PSA). O objetivo é evitar a reintrodução da doença no país, que registrou seus últimos casos em 2018. A FAVV orienta que os caçadores se mantenham afastados de áreas onde suínos selvagens infectados foram detectados, especialmente regiões próximas à Alemanha, onde houve um aumento significativo de casos de PSA recentemente. Além disso, a agência solicita que não sejam trazidos carne, troféus de caça ou produtos derivados de áreas de risco, minimizando as chances de disseminação da doença.
A Bélgica sofreu severas consequências econômicas durante o surto de PSA em 2018, quando 28 países fora da União Europeia suspenderam as importações de carne suína belga, impactando drasticamente o setor. Foi necessário negociar durante anos para reabrir esses mercados, que representam cerca de 70% das exportações para países terceiros. A PSA não afeta a saúde humana, mas é devastadora para suínos selvagens e criações comerciais, com potenciais impactos graves para o setor agrícola belga. A FAVV divulgou diretrizes específicas para evitar novos casos:
- Higiene estrita: não entrar em suinoculturas ou caçar em outras áreas por pelo menos 72 horas após contato com suínos selvagens.
- Desinfecção obrigatória: roupas, calçados, equipamentos e veículos devem ser desinfetados ao final da caça.
- Informação e relatórios: buscar informações atualizadas sobre as áreas de caça e reportar imediatamente situações suspeitas à FAVV.
Casos recentes de PSA foram identificados em Frankfurt, na Alemanha, a apenas 200 Km da fronteira da Bélgica, reforçando a necessidade de medidas preventivas. A colaboração dos caçadores é crucial para proteger tanto a população de suínos selvagens quanto o setor suinícola do país. Essa abordagem preventiva ressalta a seriedade da ameaça da PSA e a importância de ações coordenadas para evitar prejuízos econômicos e ecológicos no setor agropecuário europeu. Fonte: Pig Progress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.