22/Nov/2024

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%. Tradicionalmente, entre junho e setembro, muitas propriedades enfrentam baixa disponibilidade de pasto, exigindo maior investimento em insumos de nutrição para manter a produção do rebanho, o que tende a valorizar esses produtos. E, neste ano, o atraso do início das chuvas em diversas regiões do País sustentou a demanda por esses insumos ao longo de outubro, contribuindo para elevar os preços dos concentrados e da suplementação mineral.

No caso dos concentrados, a alta também esteve atrelada à valorização dos grãos em outubro. Na “Média Brasil”, esse grupo apresentou aumento de 3,79% frente a setembro, com variação positiva de 0,13% na parcial de 2024. Os produtos para suplementação mineral subiram 0,69% no comparativo mensal, na “Média Brasil”, acumulando alta de 2,67% no ano. Além da demanda firme, houve repasse dos preços por parte da indústria, atrelado ao aumento nos custos das matérias-primas, os quais, por sua vez, foram impulsionados pela valorização do dólar. O mês de outubro marca, em muitas regiões, o início do cultivo da safra de verão (1ª safra), o que, para muitos produtores de leite, significa o plantio de milho para silagem. Nesse contexto, Adubos e Corretivos registraram alta de 0,36% na “Média Brasil”, enquanto os custos com Operações Mecânicas caíram 0,15%.

Na parcial do ano, Adubos e Corretivos acumulam aumento de 0,98% e Operações Mecânicas, de 3,92%, o que pode refletir em um custo mais elevado para a produção de silagem em 2024. No caso dos produtos de manejo sanitário, Antibióticos e Antimastíticos subiram respectivos 0,41% e 0,1%, enquanto os itens de Controle Parasitário recuaram 0,26% na “Média Brasil”. O milho se valorizou 5,07% de setembro para outubro, com a média a R$ 62,60 por saca de 60 Kg. No mesmo período, o preço do leite subiu 3,8%, mas esse aumento não foi suficiente para elevar o poder de compra do produtor. No mês, foram necessários 21,8 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg do grão, 1,22% a mais que em setembro/2024, mas abaixo da média dos últimos 12 meses, de 25,9 litros/saca. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.