21/Nov/2024
O movimento de alta dos preços no mercado físico do boi gordo se mantém. O cenário reflete a demanda firme, tanto no mercado interno como para exportação. Além disso, os frigoríficos são favorecidos pela alta do dólar, o que torna a carne do País mais competitiva no mercado externo em relação à produção de concorrentes. A alta da cotação coincide com o incremento da exportação. Um dos responsáveis por esse avanço na exportação é a China, que tem aumentado as compras da produção brasileira. A oferta reduzida de bovinos terminados força os frigoríficos a pagarem acima da referência para recomposição das escalas. A predominância do clima seco nos últimos meses contribui para o aperto da oferta.
O atraso na regularização das chuvas postergou a chegada de bovinos terminados em pasto e a oferta deve se equilibrar somente para fevereiro de 2025. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 345,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 317,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 335,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 347,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 330,00 por arroba; na Bahia, entre R$ 305,00 e R$ 310,00 por arroba; em Mato Grosso e em Santa Catarina, a R$ 320,00 por arroba. No Rio Grande do Sul, as escalas de abate estão entre 5 e 6 dias e a cotação é de R$ 10,15 por Kg.
A demanda no atacado de São Paulo permanece firme, com alta nos preços. Nos últimos sete dias, a cotação da carcaça do boi capão casado apresenta valorização de 4,5%, para R$ 23,00 por Kg; a carcaça do boi casado inteiro tem alta de 4,0%, para R$ 22,15 por Kg. A cotação da vaca casada registra avanço de 3,1% nos últimos sete dias, negociada em R$ 21,65 por Kg. Para a novilha casada, o preço tem valorização de 3,7% no período, para R$ 22,30 por Kg. A ponta de agulha tem alta de 5,5% nos últimos sete dias, a R$ 19,30 por Kg. O traseiro 1x1 apresenta alta de 5,2%, para R$ 26,40 por Kg.