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21/Nov/2024

Boi: preço deverá se manter em elevado patamar

Segundo o Itaú BBA, o mercado do boi gordo deve manter uma trajetória de alta no curto prazo, com suporte na combinação de demanda interna robusta e oferta limitada até o fim do ano. O atacado tem absorvido os repasses adicionais de preço, o que amplia o espaço para novas elevações. No mercado interno, responsável por cerca de 70% do consumo de carne bovina brasileira, as margens industriais permanecem razoáveis, fortalecendo o cenário positivo. A oferta de gado também está sendo influenciada pelas condições climáticas.

O atraso na regularização das chuvas postergou a chegada de bovinos terminados em pasto, o que deve afetar a oferta de forma mais significativa somente em fevereiro de 2025. Mesmo assim, a curva futura do boi gordo reflete sazonalidade, com valores menores até julho de 2025 em comparação a novembro de 2024, mas ainda acima de R$ 310,00 por arroba. Em termos de competitividade global, a arroba brasileira, que chegou a US$ 60,00 em novembro (contra US$ 42,00 em julho), aproxima-se dos patamares da carne australiana (US$ 61,00 por arroba) e uruguaia (US$ 63,00 por arroba). Apesar disso, o produto brasileiro segue competitivo frente aos preços da Argentina (US$ 54,00 por arroba) e do Paraguai (US$ 53,00 por arroba), enquanto nos Estados Unidos o preço continua elevado, em torno de US$ 115,00 por arroba.

Nos mercados externos, o destaque é o cenário resiliente na China, principal destino da carne bovina brasileira, onde os preços no atacado estabilizaram após ajustes de 15% em relação ao ano passado. Nos Estados Unidos, segundo maior mercado, a perspectiva é positiva, com a produção doméstica projetada para cair 4% em 2025 e as importações em alta de 1%, após crescerem 18% em 2024, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.