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18/Set/2019

Boi: confinamento deve crescer até 8,5% este ano

Conforme estimativa preliminar da DSM Tortuga, que realiza anualmente um censo próprio de confinamento de bovinos de corte, o País deve confinar este ano entre 5,3 milhões e 5,5 milhões de bovinos, aumento de 4,5% a 8,5% ante 5,07 milhões de bovinos engordados no cocho em 2018, ou seja, aumento de cerca de 400 mil bovinos. A taxa média anual de crescimento da atividade de confinamento de dez anos para cá tem girado em torno de 6%, embora este ano este número deva avançar mais, em virtude dos preços firmes da arroba do boi gordo. Os mercados futuros da B3 projetam, para dezembro, que o boi gordo esteja cotado por volta de R$ 165,00 por arroba. Isso deve estimular a engorda intensiva, no cocho e o semiconfinamento (engorda mista, entre pasto e cocho). Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a atividade de confinamento deve ser bastante rentável este ano, por causa do preço firme da arroba do boi gordo.

Este ano será bastante interessante para o produtor que utilizar mais tecnologia e gestão. Um dos motivos da firmeza da arroba atualmente, além das exportações bastante fortes em 2019, é o fato de pecuaristas deixarem para o segundo semestre (segundo giro de confinamento) a engorda de um maior número de bovinos, em relação ao primeiro semestre (primeiro giro). A percepção é de que está faltando boi no primeiro giro (que está se encerrando agora). Por isso, a arroba está firme. O primeiro giro de confinamento, que tradicionalmente aloja um número menor de bovinos, foi postergado pelo pecuarista em virtude das chuvas abundantes no primeiro semestre, que estimulou mais a engorda no pasto. Além dos números do censo, a DSM Tortuga lançou, em conjunto com o Cepea/Esalq, o aplicativo Mais Arroba, voltado à gestão financeira, por parte do pecuarista, da atividade de confinamento.

O aplicativo, que pode ser baixado nas plataformas Android e IOS, auxilia o confinador a gerir seus custos de confinamento e calcular, mais à frente, qual será sua rentabilidade e se, por fim, a atividade será lucrativa. Trata-se de uma ferramenta para o pecuarista apurar, de maneira rápida, se a atividade será ou não lucrativa naquele ano. No aplicativo, o pecuarista insere dados como preços de boi magro, custos de alimentação, data de entrada no cocho, quantidade de animais a serem engordados, peso médio inicial, raça de bovinos a serem engordados, preço futuro da arroba no momento em que os bois serão entregues para abate, entre outros itens. Após a inserção de todos esses dados, o aplicativo projeta a rentabilidade prevista da atividade, demonstrando se ela será ou não vantajosa. Isso permite ao criador verificar onde ele pode melhorar seus custos para ter mais rentabilidade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.