19/Nov/2024
A Associação Ucraniana de Criadores de Suínos (UAAS) afirmou que o clima de alarme em torno da peste suína africana (PSA) pode ser exagerado e manipulado. Embora a Associação de Processadores de Carne tenha previsto uma perda de até 50% dos suínos do país, os criadores argumentam que a situação está longe de ser catastrófica. Até agora, foram registrados 67 surtos de PSA na Ucrânia em 2024, um aumento de 46% em relação ao ano anterior, mas bem abaixo dos 166 surtos que ocorreram no auge da doença em 2017. Segundo a UAAS, fazendas menores, como as administradas por escolas e prisões, que ainda utilizam restos de alimentos para a alimentação dos suínos, facilitam a disseminação da PSA. Além disso, o crescimento de criadores inexperientes no setor intensificou os surtos. Com os baixos preços dos grãos em meados de 2024, muitos agricultores voltaram a investir na criação de suínos, estabilizando a população em torno de 5,2 milhões de cabeças, um número próximo ao nível pré-guerra.
No entanto, a pressão econômica crescente e o aumento gradual nos preços dos alimentos estão afetando muitos desses criadores. A KSG Agro afirmou que esses fatores, juntamente com os surtos de PSA, podem levar muitos produtores à falência. A Associação Ucraniana de Carnes prevê dificuldades para a indústria suína, alertando que a queda no número de suínos poderia resultar em um aumento expressivo no preço da carne suína. Além disso, a falta de dados precisos sobre as perdas reais dificulta a avaliação da situação, uma vez que muitos produtores evitam reportar os surtos para não sofrerem restrições. Com o término do pico sazonal de PSA previsto para novembro, a UAAS pede cautela quanto às previsões de declínio drástico na produção de suínos. Apesar das pressões, o setor ainda está operando, e que previsões ‘apocalípticas’ podem não refletir a realidade do mercado suíno na Ucrânia. Fonte: Pig Progress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.