14/Nov/2024
Os embarques de carne suína atingiram em outubro o segundo maior volume da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997, e seguem aquecidos neste começo de novembro. As vendas externas da proteína têm reforçado o cenário de baixa disponibilidade interna, elevando, consequentemente, os preços da carne e do suíno vivo. As exportações de carne suína (entre produtos in natura e industrializados) somaram 129,7 mil toneladas em outubro, 8,9% a mais que no mês anterior, 41% acima do volume de outubro/2023 e atrás somente da quantidade escoada em julho deste ano.
No acumulado de 2024 (de janeiro a outubro), as vendas externas somam 1,11 milhão de toneladas, um recorde para o período e 10,8% acima do volume escoado no mesmo período de 2023, que, até então, sustentava o recorde. A alta nos embarques foi motivada principalmente pelos envios a importantes destinos da proteína suinícola brasileira no mercado asiático: Filipinas, China, Japão. De setembro para outubro, os aumentos nos volumes foram de 35,7%, 14,6% e 17,4%, respectivamente. Além do tradicional mercado asiático, os embarques ao México e à Argentina também tiveram fortes incrementos no mês, somando entre os dois destinos 11,4 mil toneladas de carne suína brasileira, alta mensal de 34%. Em novembro, os envios ao exterior se mantêm intensos.
Dados parciais da Secex apontam que, nos seis primeiros dias úteis do mês, o ritmo dos embarques da carne in natura está em 15 mil toneladas por dia, aumento de 12% frente à média de outubro. Além da demanda externa, a interna também segue aquecida, influenciada sobretudo pelos elevados preços da carne bovina. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial registra valorização de 10,3% de outubro para a parcial de novembro, chegando a R$ 14,54 por Kg. Frente a novembro de 2023, a elevação é de 41,2%, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de outubro/2024). A média atual é a maior desde novembro/2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.