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11/Nov/2024

Boi: exportação de carne recorde no mês de outubro

Segundo a Associação Brasileira dos Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a exportação brasileira de carne bovina registrou recorde em outubro, alcançando 301.166 toneladas. A receita cambial foi de US$ 1,36 bilhão. No acumulado dos primeiros dez meses de 2024, o aumento foi de 29,9% no volume exportado, atingindo 2,4 milhões de toneladas, enquanto o faturamento cresceu 22,8%, a US$ 10,5 bilhões. Somente nos primeiros dez meses de 2024, as exportações de carne bovina do Brasil já praticamente se igualaram ao resultado de todo o ano de 2023, quando o país exportou 2,29 milhões de toneladas, movimentando US$ 10,5 bilhões.

A tendência para o fechamento deste ano é de manutenção dos recordes até dezembro. Para se dar uma dimensão do tamanho e da eficiência de toda a cadeia produtiva, o total exportado corresponde a mais de 9 milhões de bovinos abatidos, produzindo carne e contribuindo para a segurança alimentar. A China, o maior mercado para o Brasil, importou quase 160 mil toneladas no mês passado. Hoje, a China tem 54,4% de participação no montante exportado pelo Brasil em carne bovina. Os Estados Unidos continuam como o segundo maior comprador da carne bovina do Brasil, com volumes de 27.940 toneladas e faturamento de US$ 159,3 milhões, no último mês.

Isso representa uma alta de 10,4% no volume e de 12% no faturamento, frente a setembro passado. As Filipinas foram o terceiro maior destino da carne bovina brasileira no mês passado, com 11.369 toneladas exportadas e faturamento de US$ 42,7 milhões. Considerando as categorias de produtos de carne bovina, foram exportadas 270.332 toneladas de carne in natura (representando quase 90% do total), 16.022 toneladas de miúdos, 8.547 toneladas de carne industrializada, 2.926 toneladas de tripas, 2.824 toneladas de gordura e 515 toneladas de carnes bovinas salgadas. Em 2024, os dez maiores compradores da carne bovina do Brasil representaram, em volume, cerca de 80% de tudo o que o Brasil exportou.

O destaque também é a China, com volume de cerca de 1 milhão de toneladas e faturamento de US$ 4,8 bilhões, entre janeiro e outubro, registrando alta de 12,7% no volume embarcado e 3% de aumento no faturamento frente ao mesmo período de 2023. Os Estados Unidos registraram um aumento significativo nos embarques este ano, de 69%, chegando a 175.193 toneladas, com faturamento de US$ 1,02 bilhão (aumento de 58,7% frente ao mesmo período do ano passado). Emirados Árabes, com embarques de quase 125 mil toneladas, Hong Kong com compras próximas a 100 mil toneladas, Chile (86.587 toneladas), Filipinas (80.472 toneladas) e Egito (78.080 toneladas), também mereceram destaque.

A Abiec participa, com a ApexBrasil, da China International Import Expo (CIIE), em Xangai. A mostra é uma iniciativa do governo chinês, por meio do Ministério do Comércio da China, em parceria com o governo municipal de Xangai e tem o apoio de diversas organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Um dos eventos foi o lançamento, no dia 7 de novembro, do projeto The Beef and Road: bridging the Brazil-China Beef Routes, uma iniciativa da Abiec com a ApexBrasil, para abertura de novas rotas no país, fora dos eixos Pequim e Xangai.

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a exportação brasileira de carne bovina in natura e processada atingiu recorde de 319.386 toneladas em outubro, crescimento de 34% em comparação com igual mês de 2023, quando o volume foi de 239.130 toneladas. O resultado é recorde para um mês e supera as 319.026 toneladas embarcadas em setembro. A receita no período avançou 41%, de US$ 977,4 milhões para US$ 1,380 bilhão, também sendo recorde. Os preços médios avançaram de US$ 4.087,00 por tonelada para US$ 4.321,00 por tonelada, alta de 5,7%. De janeiro a outubro, as exportações totais de carne bovina alcançaram 2.668.879 toneladas, alta de 34% frente às 1.997.051 toneladas exportadas de igual período de 2023.

A receita subiu 23%, de US$ 8,752 bilhões em 2023 para US$ 10,774 bilhões em 2024. Porém, os preços médios até outubro caíram de US$ 4.382,00 por tonelada em 2023 para US$ 4.037,00 por tonelada em 2024. A China continua sendo o principal cliente do produto brasileiro, tendo comprado 1.089.673 toneladas (+11,2%) até outubro, com receita de US$ 4,842 bilhões (+2,5%). O preço médio pago caiu de US$ 4.819,00 por tonelada em 2023 para US$ 4.444,00 por tonelada em 2024. A participação chinesa no total exportado representou 40,8% do volume total comercializado pelo país com o exterior e 44,9% considerando as receitas.

Os Estados Unidos, na segunda posição entre os compradores do produto, têm participação de 16,6% em volume. Foram adquiridos, até outubro, 441.956 toneladas (+88,8%), com receita de US$ 1,278 bilhão (+58,7%). Os Emirados Árabes Unidos são os terceiros maiores importadores, com 125.659 toneladas (+126,1%) e receita de US$ 569,2 milhões (+133,1%). O Chile ocupa a quarta posição, com 86.153 toneladas (+4,7%) e receita de US$ 404,8 milhões em 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.