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11/Nov/2024

Frango: exportações dos EUA à China sob Trump

Devido a um antevisto agravamento nas relações (inclusive comerciais) dos Estados Unidos com a China, a eleição de Donald Trump pode beneficiar as exportações brasileiras das carnes de frango e suína. Foi sob a presidência de Trump, em 2019, que os Estados Unidos voltaram a exportar carne de frango para a China. Em especial, pés/patas de frango, um mercado antes liderado por produto brasileiro, mas que agora tem a dominância do produto norte-americano. Quando Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos (2009), o país remeteu para o mercado chinês perto de 350 mil toneladas de carne de frango, volume que veio retrocedendo quase continuamente nos anos seguintes e que acabou praticamente zerado nos anos finais de seu mandato.

Em 2016 foram apenas pouco mais de 2 toneladas, aparentemente “remessas diplomáticas”. Durante boa parte do governo Trump, os embarques permaneceram quase nulos. Tanto que nos 30 meses transcorridos até dezembro de 2019 mal passaram de 1 tonelada. Mas, em 2020, graças a um acordo firmado no final do ano anterior com o governo chinês, as exportações norte-americanas voltam a aumentar, superando a marca anual das 300 mil toneladas. Naquele ano, a China, quase ausente do quadro de importadores de carne de frango dos Estados Unidos, ocupou a segunda posição, logo atrás do México.

Sob o governo Joe Biden, o volume voltou a retroceder. Entre janeiro e setembro deste ano, ficou próximo de 110 mil toneladas, resultado correspondente a embarques mensais de pouco mais de 12 mil toneladas. É provável que haja um acirramento nas relações comerciais dos Estados Unidos não só com a China, mas com vários outros países. Mas isso não significa, necessariamente, a conquista de novos espaços, em detrimento dos produtos norte-americanos. A filosofia de Trump parece ser a do “inimigos, inimigos; negócios à parte”. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.