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31/Oct/2024

Boi: oferta reduzida manterá preço em alta em 2025

Segundo o Rabobank, os preços do boi gordo no Brasil devem seguir firmes em 2025, influenciados pela menor oferta de gado pronto para o abate e pela forte demanda do mercado externo. O cenário para os próximos meses apresenta um equilíbrio apertado entre oferta e demanda, e os preços devem começar o ano em níveis elevados. Esse atraso das chuvas já impacta o potencial de engorda a pasto e deve gerar um início de ano com preços mais fortes do que o padrão sazonal. A oferta reduzida tem sido impulsionada pelo atraso no início das chuvas, afetando a qualidade das pastagens e, consequentemente, o ciclo de engorda a pasto. Esse fator, aliado a um cenário de maior retenção de fêmeas para reposição, deve limitar a oferta de gado em 2025.

Observa-se uma escalada dos preços com a desaceleração na oferta, mas, além disso, a demanda continua forte. A China se mantém como um dos principais destinos da carne bovina brasileira. Para o mercado internacional, o Brasil se destaca em competitividade. Enquanto outros grandes exportadores, como Estados Unidos e Nova Zelândia, têm reduzido suas exportações de carne para a China, o Brasil aumentou seu volume em 9% até setembro de 2024. Esse cenário de queda de oferta global pode abrir oportunidades para o Brasil, especialmente considerando nossa vantagem em preço e biossegurança. O Rabobank também projeta uma possível desaceleração nas exportações para a China, embora o País continue a representar uma forte demanda para a carne brasileira.

A carne congelada do Brasil tem tido uma aceitação crescente na China, não só pelo preço competitivo, mas também por preferências culturais. Internamente, o aumento de preços pode afetar a competitividade da carne bovina frente a outras proteínas, como frango e suíno, que têm custos mais baixos. O poder de compra no mercado doméstico deve permanecer estável, o que pode limitar o crescimento do consumo interno per capita de carne bovina. Para 2025, os produtores devem focar em maximizar o peso médio das carcaças para manter a rentabilidade, uma estratégia que visa compensar a menor oferta de bovinos no mercado. A recuperação das margens para os confinadores pode manter o cenário positivo para o setor de carne bovina, mesmo em um ambiente de custos de ração relativamente baixos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.