31/Oct/2024
Os preços da carne suína e do suíno vivo estão reagindo neste encerramento de outubro, levando a média mensal a avançar pelo sexto mês consecutivo. O impulso vem sobretudo do ritmo recorde das exportações brasileiras da proteína suína in natura na parcial deste mês e da procura aquecida por parte do mercado doméstico. Vale lembrar que essa reação nos valores é observada depois de certa estabilidade e/ou firmeza nos preços por várias semanas, desde a segunda quinzena de agosto. No front externo, dados da Secretária de Comércio e Exterior (Secex) mostram que, nesta parcial de outubro (19 dias úteis), foram embarcadas 102,1 mil toneladas de carne suína in natura.
A média diária de escoamento está recorde, em 5,4 mil toneladas, 4,38% acima da verificada em setembro/24 e significativos 36,7% superior à registrada em outubro do ano passado. No mercado doméstico, apesar da reta final do mês de outubro, típico período de enfraquecimento das vendas e, consequentemente, dos preços, as cotações no mercado suinícola estão em alta. Esse movimento é influenciado pela baixa disponibilidade de suínos em peso ideal para abate. Em outubro, o preço médio do suíno posto no mercado independente está em R$ 9,02 por Kg na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), com alta de 0,8% frente ao observado em setembro.
Em Minas Gerais, na região de Patos de Minas, o avanço mensal é de leve 0,3%, com o suíno negociado à média de R$ 8,97 por Kg em outubro. Em Santa Catarina, na região de Braço do Norte, o valor do suíno vivo apresenta a valorização mais expressiva de setembro para outubro, de 3,3%, com a média passando para R$ 8,81 por Kg neste mês. Em São Paulo, no atacado, com a boa liquidez das vendas, a carcaça especial suína segue a tendência de alta do suíno vivo e registra valorização de 0,6% de setembro para outubro, comercializada a R$ 13,14 por Kg. Para os cortes, a elevação mais acentuada no preço é registrada para a paleta desossada, de 2,4% no mesmo período, a R$ 14,10 por Kg nesta parcial de outubro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.