30/Oct/2024
Se há algumas décadas o ovo era visto como vilão do cardápio, atualmente ele desponta como um dos alimentos mais completos e se destaca em estudos pelas vantagens à saúde. Um dos trabalhos mais recentes, publicado no periódico Nutrients, mostra que o ovo está por trás de impactos positivos na memória, especialmente entre mulheres. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, avaliaram dados de um grupo de 890 indivíduos, sendo 357 homens e 533 mulheres. Os hábitos alimentares dos participantes foram esmiuçados e eles passaram por testes cognitivos. Entre os resultados do trabalho, observou-se um menor declínio na fluência verbal ao longo dos anos entre as mulheres que consumiam ovo.
Elas tinham melhor capacidade de nomear categorias de itens, como animais, em comparação com as que não apreciavam o ingrediente. Efeitos similares foram observados em outros artigos. Embora os próprios estudiosos enfatizem a necessidade de mais pesquisas para confirmar tais achados, algumas substâncias encontradas no alimento têm sido associadas a efeitos benéficos ao cérebro. A primeira que merece menção é a colina. Trata-se de uma das vitaminas do complexo B. Presente na gema, é essencial para a síntese de um neurotransmissor conhecido como acetilcolina, que, entre outras funções, está envolvido na regulação da aprendizagem e da memória. Há ainda a luteína e a zeaxantina, integrantes dos carotenoides, grupo de pigmentos de potente ação antioxidante. Essas substâncias atuam na proteção contra o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro.
Seriam, portanto, guardiãs dos neurônios e demais estruturas cerebrais. Colina, luteína e zeaxantina se destacam pelas funções cognitivas, mas o ovo oferece ainda outras preciosidades. A clara é uma “sopa” de aminoácidos, pedaços de proteína que têm a função de proteger o embrião em desenvolvimento. Exageros, entretanto, não oferecem benefícios adicionais e podem trazer danos à saúde. O corpo tem um limite de absorção de proteínas por refeição. A quantia deve ser determinada de acordo com o perfil e o estilo de vida de cada um. Mas isso sem preocupação com colesterol. Hoje se sabe que o excesso no consumo das gorduras saturadas e trans (presentes nas carnes e nas bolachas recheadas, entre outros) é o que pode elevar as taxas de LDL, o colesterol ruim, e causar danos às artérias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.