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22/Oct/2024

Boi: preços devem seguir em alta com oferta restrita

Pouca coisa deve mudar no mercado físico do boi gordo nesta semana. Ainda há possibilidade de mais altas, em função da oferta restrita de bois terminados, das escalas curtas de abate e da forte demanda exportadora de carne bovina. Nem mesmo os confinamentos parecem estar dando conta das encomendas da indústria, o que mantém forte a valorização da arroba.

O que pode se contrapor a essa tendência na segunda quinzena do mês é o menor consumo interno de carne bovina, que, além de estar subindo de preço no atacado, limitando gastos do consumidor, é um produto tradicionalmente mais adquirido na primeira quinzena do mês, com o pagamento de salários. A volta das chuvas sobre as pastagens também deve facilitar a engorda de bovinos e aumentar levemente a oferta. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba a prazo.

Em Tocantins, a cotação é de R$ 272,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 303,00 por arroba a prazo e em Mato Grosso, a R$ 287,56 por arroba. A tendência é de alta de todas as categorias de bovinos. Além da oferta restrita, as escalas curtas de abate em São Paulo, que dão conta para apenas 4 a 7 dias úteis de trabalhos dos frigoríficos. Em São Paulo, no atacado, os preços da carne bovina subindo, acompanhando o mercado físico.

Apesar da expectativa de aumento no consumo com a chegada das festas de fim de ano, há dúvidas sobre o comportamento da demanda, considerando que os altos preços podem limitar esse crescimento. No segmento de carnes desossadas (traseiros), a oferta segue restrita, o que reforça a tendência de alta. No entanto, o mercado de proteínas alternativas, como aves e suínos, segue competitivo, atraindo consumidores e mantendo sua força tanto no mercado interno quanto nas exportações.