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21/Oct/2024

Leite: preço ao produtor deverá se manter em alta

Com oferta menor que a esperada, o preço do leite captado subiu em agosto. O valor pago ao produtor registrou alta de 1,4% na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) frente ao mês anterior, atingindo R$ 2,7607 por litro, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de agosto/2024). A expectativa de agentes do setor é de que o movimento de elevação ganhe força em setembro. Com o período de seca mais alongado, intensificado por uma alta incidência de queimadas em diversas regiões do País, pecuaristas têm enfrentado maior dificuldade na manutenção de seus rebanhos.

Assim, mesmo com o aumento da margem do produtor nos últimos meses, o estímulo à atividade foi menor do que o previsto. A relação de troca, depois de permanecer estável em julho, piorou 2,7% em agosto, devido ao aumento no preço médio do milho, sendo necessários 21,6 litros de leite para adquirir 1 saca de 60 Kg do cereal. Os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado, e o mercado ainda se mostra instável e com incertezas. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro. O leite UHT, o queijo muçarela e o leite em pó se valorizaram 7,6%, 2,7% e 1,3% no atacado de São Paulo entre agosto e setembro. Mesmo com o leve recuo de 0,53% das importações em setembro, as compras externas somaram 187 milhões de litros em equivalente leite, volume 21,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações, principalmente dos queijos, que aumentaram 46%, registraram volume 97% maior que o verificado em setembro/2023. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.