18/Oct/2024
Em seu mais recente estudo sobre as tendências da avicultura mundial em 2025, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ao analisar mais detalhadamente a atuação do Brasil no mercado internacional da carne de frango, observa que a produção do setor está orientada para a exportação. Mas, ressalta-se que pelo menos dois terços da produção brasileira de carne de frango estão direcionados para o consumo interno. Na verdade, a afirmação se aplica apenas e mais especificamente às empresas diretamente envolvidas com o setor, a maior parte delas que deram partida às exportações brasileiras quase meio século atrás (1975). À época, as quatro grandes integrações do setor (Sadia, Perdigão, Chapecó e Seara) uniram-se nos primeiros embarques.
Estavam todas concentradas em Santa Catarina. Daí, até hoje o Estado destina quase dois terços de sua produção (62,66%) às exportações. Nessas cinco décadas, mais empresas juntaram- se à atividade. Mas, a maior parcela das exportações continua com as precursoras que, nesse espaço de tempo, juntaram-se, fundiram-se, passaram a novos proprietários, mas, principalmente, estenderam suas atividades a outros Estados que, com isso, também se tornaram grandes exportadores. Casos, por exemplo, do Rio Grande do Sul (exportação de 56,27% da produção), Paraná (44,39%) e do Mato Grosso do Sul (41,02%). As duas principais Regiões produtoras do País, Sul e Sudeste, exportam juntas o correspondente a 41,61% do que produzem.
Mas, enquanto as exportações da Região Sul correspondem a 50% do total produzido localmente, as da Região Sudeste não chegam a 17%. Ou seja: fica claro não ser uma produção voltada para a exportação. Oportuno observar ainda que, nesta análise, o percentual de produto exportado (37,13% do total produzido) se encontra 4% acima do apontado pelo USDA (cerca de 33%), pois não se limita ao produto in natura, incluindo também os industrializados e a carne salgada. De toda forma, o percentual de produto destinado ao mercado interno é superior ao saldo de 62,87%, porquanto há uma parte da produção ainda não submetida a qualquer tipo de inspeção. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.