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09/Oct/2024

Frango: ajuste de rota para exportar ao Oriente Médio

Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que ajustes feitos em rotas de exportação no ano passado têm contribuído para evitar que os exportadores de carne de frango enfrentem grandes desafios para embarcar a produção a países do Oriente Médio em meio ao clima de tensão crescente na região. Desde o fim de 2023, quando os Houthis atacaram navios em protesto à guerra de Israel contra o Hamas, as rotas de exportação para o Oriente Médio foram reavaliadas a fim de contornar áreas de maior risco, como o Canal de Suez. Desde então, os armadores já começaram a buscar alternativas, como ir direto para os Emirados Árabes, sem passar pelo Iêmen. Para mitigar riscos, algumas rotas foram alteradas, levando cargas até a Turquia pelo Mar Mediterrâneo. Isso resultou em pequenos atrasos e um aumento nas taxas de transporte, em função da elevação do preço dos seguros.

Apesar das dificuldades, o setor tem conseguido superar os desafios. De uma maneira geral, tem sido conseguido ultrapassar essa dificuldade. A parceria entre armadores e empresas foi essencial para manter o fluxo de mercadorias. A maior preocupação envolve a Jordânia e o Líbano, países que recebem produtos que passam pelo Canal de Suez. Hoje, algumas empresas têm entre 5% e 10% das suas cargas ainda passando pelo Canal de Suez, que é a rota usada para chegar à Jordânia e ao Líbano. Esses são os mais afetados se o conflito escalar. Mesmo diante de adversidades logísticas e preocupações com a segurança nas rotas comerciais, o Brasil manteve o fluxo de embarques. A região conhecida como Mena, que engloba países do Oriente Médio e do norte da África, é estratégica para o exportador de carne de frango do Brasil, pois recebe mais de um terço da carne de frango do País.

Em setembro, três países da região estiveram entre os dez maiores importadores de carne de frango do País, todos eles com aumento nos embarques na comparação com igual mês de 2023. Foram 41,4 mil toneladas (+17,6%) exportadas para os Emirados Árabes Unidos, 29,9 mil para a Arábia Saudita (+5,9%) e 13,1 mil toneladas para o Kuwait (+66,2%). Com esse suporte, setembro foi o segundo com mais embarques na série histórica para diferentes destinos, com 485 mil toneladas, 22,1% mais do que em setembro de 2023 e só atrás das 514,6 mil toneladas de março de 2023. Sobre o cenário futuro, o setor permanece em alerta, monitorando a evolução do conflito. Enquanto o conflito não escalar para outros países, o fluxo de exportações deve se manter estável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.