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11/Set/2019

Suíno: preços da carne seguem em alta na China

O governo da China vem tentando uma série de medidas nas últimas semanas para aumentar a oferta e reduzir os preços de carne suína, após surtos de peste suína africana (PSA) devastarem plantéis locais. Até o momento, as medidas têm sido insuficientes. A alta dos preços ameaça estragar o clima de comemoração antes do 70º aniversário do regime comunista no país, em 1º de outubro. A doença fez com que preços de carne suína subissem 46,7% em agosto na comparação anual, a maior alta em oito anos. Isso representou mais de 1% na inflação ao consumidor no mês passado. Os preços de carnes em geral subiram 31%, refletindo a procura por alternativas à carne suína, como carne bovina e de carneiro. Os preços são vigiados de perto pelo Ministério do Comércio da China, que prometeu liberar suas reservas de carne suína para atenuar as flutuações.

A província de Guangdong, na região sul do país, afirmou que usaria mais de 3 mil toneladas de suas reservas de carne suína. Uma das regiões mais afetadas é a de Nanning, capital da província de Guangxi e tradicionalmente uma das áreas líderes em consumo e oferta de carne suína. No início de setembro, oficiais locais impuseram um teto aos preços, reduzindo-os em 10% e distribuindo bilhetes de racionamento em alguns mercados locais, limitando compras a um quilo por pessoa por dia, o que evocou comparações com a China da era Mao Tsé-tung. Depois de dois dias, o sistema foi abandonado, já que, mesmo com a redução de preços, os consumidores locais afirmaram que a carne estava cara demais. Os vendedores lamentaram a queda nas vendas, que, segundo eles, é a maior em décadas.

Nos últimos dias, a mídia estatal começou a publicar argumentos para que as pessoas não comam carne suína. Um jornal oficial publicou reportagem no dia 6 de setembro exaltando os benefícios financeiros e para a saúde de se comer menos carne suína. A recomendação é que, em vez dela, se consuma frango ou peixe. Os ministros chineses pediram que oficiais locais aumentem os esforços para estabilizar preços da carne suína, mandando-os assegurar oferta suficiente durante grandes feriados e exigindo boletins com os progressos até o fim do ano. No longo prazo, um dos maiores desafios do governo será convencer produtores a criar mais suínos após mais de um ano de combate à doença. Sem uma vacina viável para a peste suína africana, a ameaça de um novo surto deixa produtores menos animados para aumentar ou recompor a produção. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.