04/Oct/2024
Segundo o Itaú BBA, o setor de lácteos deve encontrar, neste último trimestre, um cenário favorável de preços para a matéria-prima paga ao pecuarista e custos mais baixos de produção, principalmente em relação ao milho. Além disso, com um Produto Interno Bruto (PIB) que deve fechar em 3% este ano no Brasil, e uma taxa de desemprego decrescente, de 6,9%, a demanda interna por lácteos deve se manter firme. Importante lembrar que o consumo de produtos lácteos é bastante sensível à atividade econômica, e os bons indicadores de renda e emprego domésticos neste ano têm dado boa sustentação para a demanda interna.
Ou seja, o poder de compra das famílias está mais elevado e, mesmo nas mais pobres, os programas de transferência de renda exercem influência. Além da maior demanda, a safra leiteira, no verão, deve atrasar um pouco, tendo em vista que a recuperação das pastagens deve demorar um pouco mais, por questões climáticas, restringindo uma eventual acomodação nos preços. No curto prazo, a firmeza das cotações deve prevalecer. Justamente os preços firmes e a relação de troca favorável com o milho também devem estimular o produtor a investir em maior produtividade, em que pese a condição ruim dos pastos neste momento, o que incentiva o aumento da oferta.
Assim, pelo menos nos próximos meses, o cenário deve seguir equilibrado no setor, com a produção estimulada pelos preços sustentados ao produtor e o custo baixo da ração, fator este que tende a prevalecer. Porém, olhando um pouco mais adiante, caso os custos de produção dos concentrados sigam controlados e o clima se mostre favorável nos próximos meses, o desafio será seguir equilibrando oferta e demanda, dado que a primeira tenderá a se expandir. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.