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04/Oct/2024

Carnes: greve portuária nos EUA pode elevar preços

A greve dos trabalhadores portuários na Costa Leste e no Golfo dos Estados Unidos está causando grandes interrupções na importação de carne bovina, um item essencial para restaurantes e varejistas norte-americanos. Com a oferta doméstica de carne bovina limitada devido a fatores como seca severa e altos custos de grãos, as importações tornaram-se vitais para o abastecimento de hambúrgueres e outros produtos. Agora, o bloqueio afeta desde automóveis até contêineres de alimentos, incluindo carne bovina, frutos do mar e exportações de frango, exacerbando os desafios da cadeia de suprimentos no país.

Especialistas alertam que interrupções prolongadas podem causar escassez de produtos, aumento de preços ou ambos, à medida que as importações ficam retidas em portos como Filadélfia e Houston. Em resposta, alguns importadores aceleraram o descarregamento de mercadorias antes da greve, mas a capacidade de estoque tem limites. A situação afeta diretamente cadeias de fast food como McDonald’s e Burger King, que dependem de carne bovina magra importada, especialmente da Austrália, Nova Zelândia e Brasil, para compor seus produtos. Se a greve continuar, as empresas podem ser forçadas a recorrer a alternativas nacionais, com preços mais altos.

Além disso, os contêineres refrigerados com carne fresca correm o risco de deterioração, o que pode prejudicar restaurantes que utilizam esses produtos em pratos frescos, como fajitas. O impacto financeiro também recairá sobre consumidores, já que taxas adicionais de sobre estadia podem ser repassadas aos preços de produtos como carne moída. Se a greve persistir, a indústria de carne bovina enfrentará desafios ainda maiores, com efeitos em cascata que podem atingir o consumidor final e pressionar ainda mais os preços em meio à inflação já elevada no país. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.