03/Oct/2024
Em julho e agosto, as cotações pecuárias ensaiaram o início da recuperação das quedas que se sucederam ao longo de todo o primeiro semestre. Mas, foi em setembro que os reajustes compensaram as perdas do ano. A forte estiagem agravada por queimadas reduziu significativamente as ofertas de bovinos a pasto em setembro, mas a demanda esteve aquecida. Nos meses anteriores, desmotivados com os preços e vendo a deterioração das pastagens, os pecuaristas já haviam comercializado boa parte dos lotes para abate.
Os frigoríficos, no entanto, têm recebido firme demanda para exportação e do mercado interno, o que os força a disputar lotes do spot com empresas concorrentes. Para fechar negócio, precisam oferecer valores cada vez maiores pelos bois prontos para abate. Nesse contexto, as cotações máximas do ano têm se renovado dia a dia tanto para o boi gordo, para os bovinos de reposição e para a carne no atacado. No acumulado de setembro, o preço médio do boi gordo em São Paulo teve forte acréscimo de 14,4%, fechando a R$ 274,35 por arroba no dia 30 de setembro.
No comparativo com a média de agosto, a de setembro (R$ 255,45 por arroba) é 8,7% maior. Fora do estado de São Paulo, a dificuldade de compra tem sido ainda maior, especialmente nas regiões com menos lotes terminados em confinamentos. Em Mato Grosso do Sul, onde alguns negócios têm saído a preços superiores aos de São Paulo, a média do boi gordo em setembro superou em 9% a de agosto; em Minas Gerais, o acréscimo no comparativo mensal foi de 10,2%; na Bahia, foi de 12%; e, em Rondônia, chegou a 15,1%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.