ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

03/Oct/2024

Mercado de Reposição: boi magro e bezerro em alta

Ao longo do tempo, os preços do boi gordo e do boi magro caminham em sintonia, mas há momentos em que a relação tem alguns descolamentos. Na região de Presidente Prudente (SP), por exemplo, em setembro, o boi magro esteve levemente desvalorizado frente ao boi gordo. Em São José do Rio Preto (SP), o apetite de grandes confinamentos instalados na região fez com que o boi magro se valorizasse ainda mais que a arroba paga pelo frigorífico. Tanto numa região quanto em outra, o afastamento momentâneo da média pode sinalizar uma correção dos preços em curto ou médio prazo. Desde janeiro de 2022, período em que o mercado vem se reacomodando após os desequilíbrios entre oferta e demanda causados pela pandemia, o preço do boi magro na região de Presidente Prudente representou em média 73% da receita obtida com um boi gordo de 17,5 arrobas abatido na mesma região.

No último mês, essa relação baixou para 69,9%, uma das menores já registradas para um mês de setembro, semelhante à de setembro/2018. Em termos absolutos, a diferença que vinha se mantendo por volta de R$ 1.100,00 por bovino saltou para R$ 1.340,00 por bovino em setembro. Na região de São José do Rio Preto, os preços em setembro favoreceram o boi magro. Olhando-se a média também de janeiro de 2022 para cá, nessa região, constata-se que o boi magro representaria 71,5% do valor obtido com a venda de um boi gordo de 17,5 arrobas (a preços desta região). Se o bovino for abatido com peso superior, essa participação cai. Em setembro, nessas bases, a relação esteve em 73,2%, com a diferença por volta de R$ 1.200,00 por bovino, acima dos R$ 1.000,00 e R$ 1.100,00 por bovino dos meses anteriores.

Os fortes aumentos do preço do boi magro em regiões como São José do Rio Preto (SP), Araçatuba (SP), Campo Grande (MS) e Rondonópolis (MT), por exemplo, mostram que confinadores estão animados com a valorização do boi gordo e têm mantido aquecida a procura. Pecuaristas de São Paulo têm ido buscar reposição até no Maranhão e Pará. No caso de bezerros, a baixa oferta somada à falta de chuva tem dificultado a realização de muitos negócios. A média mensal do bezerro em Mato Grosso do Sul foi de R$ 2.096,12 em setembro, 1,6% superior à de agosto. No estado de São Paulo, o aumento do valor médio do bezerro foi de 2% no comparativo de setembro com o mês anterior. Para o boi magro, a alta no comparativo mensal foi mais expressiva, de 3,6% no estado de Mato Grosso do Sul e de 6% em São Paulo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.