03/Oct/2024

O furacão Helene, tempestade de categoria 4 que atingiu o sudeste dos Estados Unidos no fim de semana passado, matou mais de 110 pessoas e provavelmente milhões de frangos. Quase a metade dos mais de 9 bilhões de frangos criados para carne nos Estados Unidos, são produzidos e abatidos na região. A Geórgia é o maior produtor de frangos do país, processando 1,3 bilhão de frangos anualmente. O governador da Geórgia comunicou que 107 instalações avícolas no estado foram danificadas ou totalmente destruídas pela tempestade.

Dado que as empresas avícolas normalmente alojam de 20 mil a 50 mil frangos em cada galpão (que pode ter quase o dobro do comprimento de um campo de futebol), estima-se que entre 2,14 milhões e 5,56 milhões de aves provavelmente morreram (o total efetivo pode ser um pouco diferente, pois algumas aves podem ter sobrevivido aos danos e alguns galpões podiam estar temporariamente desocupados, devido aos vazios sanitários). Algumas das maiores empresas avícolas do país, incluindo Aviagen, Pilgrim’s Pride e Wayne-Sanderson Farms, suspenderam as operações em suas instalações locais devido a quedas de energia nos últimos dias.

A Clemson University (Carolina do Sul) afirmou que, embora este seja um resultado preliminar e ainda esteja avaliando os danos do furacão, 45.000 frangos morreram em uma operação avícola no Estado devido a falha do gerador. Praticamente todos os frangos criados para carne nos Estados Unidos são confinados nesses galpões amplos. Essas operações de granjas industriais geralmente têm, normalmente, vários galpões, abrigando centenas de milhares de aves em um local ao mesmo tempo. Se um complexo do gênero for comprometido durante um desastre natural como o furacão Helene, milhões de aves podem perecer.

Tais ocorrências também ameaçam a saúde econômica dos granjeiros e da indústria avícola. O Departamento de Agricultura da Geórgia já solicitou ajuda financeira federal imediata para o setor agrícola do Estado. Quando furacões atingem granjas industriais, também podem despejar quantidades incalculáveis de esterco animal em águas subterrâneas ou rios e córregos, agravando os desafios que governos e moradores enfrentam após tempestades violentas. Fonte: Vox. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.