02/Oct/2024

A Argentina autorizou a retomada da importação de carne de frango do Brasil, exceto produtos avícolas provenientes do raio de 10 Km de onde foi detectado, em julho, um caso da doença de Newcastle. As exportações do frango brasileiro para a Argentina estavam suspensas desde 17 de julho, após a confirmação de um caso de Newcastle em um aviário comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul; foco já encerrado. O embargo argentino era o único que vigorava para o frango de todo o território nacional. Neste ano, de janeiro a agosto, o Brasil exportou 3,630 mil toneladas de carne de frango para a Argentina, com receita de US$ 5,436 milhões. O caso isolado de Newcastle resultou em uma série de embargos temporários à exportação de carne de frango, com diferentes graus de restrição.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou o fim do foco da doença à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 25 de julho, oito dias após a confirmação do caso. No dia 27 de setembro, o Departamento de Saúde Animal reiterou ao organismo internacional a ausência de novas suspeitas de casos da doença. O governo brasileiro aguarda o reconhecimento da OMSA do País como território livre da doença, o que deve ocorrer ainda neste mês e tende a liberar as restrições aplicadas sobre o frango nacional. A suspensão cautelar e temporária das exportações de produtos avícolas brasileiros permanece para 43 mercados, com vários graus de restrição, conforme levantamento atualizado do Ministério da Agricultura. A lista é atualizada à medida que avançam as negociações entre o governo brasileiro e os países importadores para redução da abrangência das restrições.

Os embargos temporários atendem aos requisitos acordados nos Certificados Sanitários Internacionais pelo Brasil com estes países. Até o momento, seguem suspensos os embarques de carne de aves e derivados provenientes do Rio Grande do Sul para África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, China, Malásia, México, Peru e União Econômica Euroasiática. Já Albânia, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tajiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Uruguai, Vanuatu e Vietnã mantêm a restrição das exportações, limitada à zona de restrição do foco detectado da doença ou ao raio afetado, conforme preveem os protocolos sanitários com esses países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.